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Clássico contra o Real Madrid põe à prova reconstrução forçada do Barça
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Real Madrid e Barcelona fazem um superclássico, neste domingo, 17h, que vale pouco para o Campeonato Espanhol. O Real é o virtual campeão de La Liga, já com 10 pontos de vantagem para o vice-líder, Sevilla, e 15 para Barcelona e Atlético de Madrid. Mas o que estará em jogo, além da óbvia rivalidade que envolve o maior jogo de futebol do planeta, é a reconstrução forçada pela qual o Barça precisou passar - e ainda passa.
Messi saiu do meio do ano passado e foi a contragosto para Paris pelo simples fato de o Barça não poder pagar seu salário. O clube está afundado em dívidas e passa por uma reestruturação financeira que, logicamente, bateu forte no campo. Ainda há veteranos (Busquets, Alba, Piqué) e outros jogadores que não renegociaram contratos (Dembélé, Sergi Roberto e outros) e sugam o orçamento do clube.
A primeira metade da temporada foi caótica. Koeman caiu, Xavi assumiu e logo ficou claro que o ex-craque do time ainda era um experimento como treinador. O Barça foi eliminado da fase de grupos da Liga dos Campeões pela primeira vez em duas décadas, ficou para trás no Espanhol, perdeu para o Real Madrid na Supercopa da Espanha, foi eliminado precocemente da Copa do Rei. Sobraria a tentativa de fazer alguma graça na Europa League e ficar entre os quatro na Espanha para ir à próxima Champions - a essas alturas, o clube rondava a sétima posição.
Mas aí veio o mercado de inverno. E o fato é que as contratações feitas pelo Barça, dentro da nova realidade financeira, encaixaram. E os melhores nem são Ferrán Torres (o mais caro) e Éric García (já desde o verão), jogadores de seleção espanhola e que vieram do Manchester City. Adama Traoré e Aubameyang, também provenientes da Premier League, trouxeram vida ao ataque - e, de tabela, animaram gente que estava para lá de desmotivada, como Dembélé. Daniel Alves trouxe experiência e mentalidade vencedora para dentro do vestiário. E, claro, a melhor "contratação" das últimas semanas foi o retorno de Pedri, que estava lesionado.
Desde a estreia da nova rapaziada, o Barcelona não perdeu mais. Nos últimos dois meses, são 11 partidas de invencibilidade, com oito vitórias e três empates. Duas destas vitórias vieram fora de casa, contra Napoli e Galatasaray, e representaram fases superadas na Europa League - o Barça está nas quartas de final e agora encara o Eintracht Frankfurt, da Alemanha. Mostraram um time "cascudo", ainda que jovem.
Tudo isso, no entanto, será colocado à prova no palco mais importante: o Santiago Bernabéu. O Real Madrid pode não ter Benzema, que é o grande cara da temporada. Mas é um time para lá de experiente e confiante, principalmente após a classificação épica na Champions. Quer mostrar que o Barcelona não está nem perto de fazer cócegas, dentro da realidade dos clubes na Espanha. Não é um jogo definitivo, mas é um jogo que marcará caminhos, principalmente para os catalães.
O superclássico Real Madrid x Barcelona só vai passar no streaming (Star+), não terá transmissão na TV. O melhor jeito de acompanhar o jogo de graça? Julio Gomes estará ao vivo com Eduardo Álvarez e Joaquim Piera, os últimos convidados do Podcast Futebol Sem Fronteiras, em Live no YouTube. Altíssimo nível e um clássico sentido e falado ao vivo com um madridista e um barcelonista lado a lado. O link para a Live está aqui.
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