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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Galo sofre, mas é primeiro brasileiro a marcar e vencer no campo do Tolima

Hulk, do Atlético-MG, tenta o domínio durante o jogo contra o Tolima, válido pela Libertadores - Reprodução/Twitter/Libertadores
Hulk, do Atlético-MG, tenta o domínio durante o jogo contra o Tolima, válido pela Libertadores Imagem: Reprodução/Twitter/Libertadores

06/04/2022 23h09

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O Atlético Mineiro estreou com sofrimento na Copa Libertadores. Mas com vitória. E não foi qualquer vitória. Ao fazer 2 a 0 no Tolima, jogando na cidade de Ibagué, na Colômbia, o Galo se transformou no primeiro brasileiro a vencer lá pela competição sul-americana.

Já haviam passado por Ibagué vários grandes brasileiros. O Corinthians sofreu a derrota mais famosa, em 2011, com Ronaldo, Roberto Carlos, Tite e companhia - eliminado na Pré-Libertadores. Mas também saíram sem vitórias ou gols marcados Grêmio, Inter, Cruzeiro e Athlético-PR.

É uma viagem longa de avião até Bogotá e depois são cinco horas de ônibus para chegar a Ibagué. Além disso, o Tolima transformou-se, de fato, em um protagonista do futebol colombiano neste século, com três títulos nacionais conquistados e várias participações em Libertadores.

O fato é que a vitória do Atlético nesta quarta passou essencialmente pela maior capacidade técnica dos jogadores. O Tolima teve uma chance claríssima de gol no primeiro tempo, desperdiçada quando o jogo ainda estava empatado, e voltou a ter bons momentos na etapa final - Éverson evitou o que seria o empate com uma defesa espetacular.

A entrada de Dylan pela direita - Keno foi poupado - não funcionou no ataque. E o meio de campo abriu muitos buracos, com Allan recuado para ajudar a dupla de zaga. É fato que a falta de velocidade de Godín trará fortes emoções ao Galo ao longo da temporada.

O que resolveu o jogo foi a maior capacidade técnica de Nacho Fernández, que fez um grande primeiro tempo e foi quem melhor interpretou um jogo. Em uma jogada de ataque em que Mariano passou para Hulk, a bola passou por ele e sobrou para Savarino, que deu um grande passe para Nacho marcar o primeiro.

No segundo tempo, El Turco Mohamed fez alterações para melhorar a presença no meio de campo e manter mais a bola. Não deu certo. O segundo gol, porém, saiu dos pés de Tchê Tchê. Entrou para resolver um problema (a falta de posse) e resolveu outro (o placar final do jogo). Após escanteio, Júnior Alonso tocou de cabeça e Tchê Tchê matou a partida, aos 35min.

O Galo começa forte a caminhada para reconquistar a América. Mas há problemas que obviamente não ficaram expostos na competição estadual e que precisarão ser resolvidos agora que a temporada começa de verdade.