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Dúvidas são parecidas, mas problemas do Real são maiores que os do City
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Manchester City e Real Madrid chegam para o confronto de ida das semifinais da Liga dos Campeões da Europa, nesta terça, com problemas parecidos: muitas dúvidas no setor defensivo. Mas os do Real assustam mais.
Por que? Basicamente, porque a dinâmica esperada para o jogo é a de sempre quando os times de Guardiola estão em campo, com o Manchester City tendo o controle da bola e a iniciativa ofensiva.
O City tem as dúvidas de Stones e Walker, além do desfalque certo de Cancelo. Cancelo é teoricamente um lateral, mas a influência que o português exerce é, convenhamos, muito maior na construção do que na marcação. Guardiola ainda tem Ruben Dias e Laporte para a zaga e pode usar jogadores de meio ou até ataque para ocupar as chamadas beiradas.
Já o Real Madrid tem as dúvidas de Casemiro, Alaba e Mendy. E aí o buraco é muito, mas muito mais embaixo. Principalmente para um time que vai jogar fora de casa e passará mais tempo defendendo do que atacante. Mesmo que um ou mais dos caras joguem, acabarão atuando "baleados".
Na defesa, o Real Madrid não tem substituto para nenhum dos três. Andou improvisando Carvajal na zaga (não está bem nem na lateral, que é a dele), Marcelo não tem mais condições de começar uma partida como essa e Nacho, o substituto natural para todos que faltam, não é exatamente um fantástico jogador. Para a posição de Casemiro, tem Camavinga. Até que neste ano o Real conseguiu sobreviver sem o brasileiro - sete vitórias em oito jogos em que ele desfalcou o time -, mas, ainda assim, não dá para negar a importância do volante da seleção.
Sobrará muito pepino para Militão resolver. Mas essencialmente sobrará para o time todo, coletivamente, conseguir se defender contra o City tendo tantos problemas. O Real Madrid não sabe fazer o que o Atlético de Madrid fez (ninguém sabe se defender daquela forma), e o time naturalmente buscará contra ataques com a velocidade de Vinícius Jr e a grande fase técnica de Benzema. As possíveis ausências de Alaba, Mendy e Casemiro atrapalhariam demais nisso também, o passe para a transição.
O Manchester City, apesar dos próprios problemas, tem a chance de encaminhar bem a eliminatória jogando em casa. "Matar" é impossível, porque o Real Madrid já mostrou ao longo da história e mesmo nessa Champions League que só pode ser considerado morto quando efetivamente a eliminatória acabar.
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