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Champions League: Coragem do Real Madrid é recompensada em Manchester
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Que incrível é termos podido ver, em um espaço de tempo tão curto, duas propostas tão diferentes de jogo para encarar o Manchester City de Guardiola, fora de casa, em partida de ida de um mata-mata da Liga dos Campeões da Europa.
No fim das contas, a coragem do Real Madrid lhe rendeu uma derrota por 4 a 3 e a chance de definir a eliminatória em casa. A falta de coragem do Atlético de Madrid, na fase anterior, rendeu uma derrota por 1 a 0 no mesmo estádio. Deu na mesma. E deu na mesma porque a regra mudou e o gol fora de casa não vale mais como critério de desempate.
O que não deu na mesma foi o espetáculo. Simeone nos privou de futebol nas quartas de final. Já Carlo Ancelotti arriscou e nos permitiu curtir um dos grandes jogos do século.
Porque o Real Madrid foi corajoso desde a escalação - sem Casemiro, o time foi a campo com Rodrygo. Considerando que Alaba (que fez péssimo primeiro tempo e saiu no intervalo) e Mendy estavam baleados, o normal seria o treinador italiano optar por Camavinga no meio de campo e mais proteção. Nada disso.
O fato é que, em 10 minutos, o City já vencia por 2 a 0. E poderia ter virado vencendo por 4 a 1. E poderia ter vencido o jogo por uns 6 ou 7 a 2. Mas o City precisa criar chances demais para fazer gols - Mahrez esteve uma noite "modo fominha" e poderia ter dado duas ou três assistências que se transformaram em finalizações de pouco sucesso, Foden também perdeu chances preciosas.
Já o Real Madrid, pelo contrário, aproveita tudo o que lhe oferecem. No primeiro gol, aproveitou um chutão para frente de Éderson, recuperou a bola e achou Benzema. No segundo gol, Vinícius Jr passou como quis por Fernandinho e entrou com bola e tudo. No terceiro gol, o presente foi do árbitro (me perdoem, mas o toque de cabeça de Laporte, que depois resvala no braço dele, não é pênalti).
Pela enésima vez na Champions League, o Real parecia estar morto. Mas o Real Madrid nunca está morto até morrer - se é que morrerá. O time encarou o City, teve 40% de posse de bola (geralmente times que enfrentam o City ficam na casa dos 25 a 30%), finalizou 11 vezes (contra 16) e evitou, por muitos minutos, uma pressão maior.
Foi corajoso. Correu riscos, sem dúvida, poderia ter sido goleado. Mas não foi e volta a Madri em busca de "só" uma vitória no Santiago Bernabéu. O City é favorito? Sim, porque joga por dois resultados. Mas joga por esses dois resultados onde as pernas de quase todo mundo tremem.
Conversem comigo em Live sobre Manchester City 4 x 3 Real Madrid neste link, às 21h.
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