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Marcelo e Fernandinho, desprezados por muitos, conseguem marcas gigantescas
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Marcelo e Fernandinho conseguiram neste sábado marcas históricas. Jogadores não muito valorizados no Brasil, os dois construíram carreiras de enorme respeito na Europa, que outros caras bem mais badalados e elogiados por aqui não passaram nem perto de fazer.
Está cheio de jogador que bate na Europa e volta e é tratado como rei. Enquanto caras que triunfaram no lugar em que os grandes realmente jogam são ridicularizados e menosprezados porque eventualmente falharam em algum momento com a camisa da seleção brasileira.
Fernandinho é simplesmente o maior jogador brasileiro que já passou pelo futebol inglês, superando até Gilberto Silva. Neste sábado, ele chegou a 260 jogos na Premier (superando os 259 de Willian) e, em um destes momentos que só os deuses do futebol podem proporcionar, acertou um lindo chute de fora da área para fazer o 4 a 0 do Manchester City sobre o Leeds.
Fernandinho foi muito mais vítima do 7 a 1 do que responsável por ele. E, em 2018, teve uma infelicidade contra a Bélgica. Poucos se lembram que foi dele o gol na final do Mundial Sub-20, em 2003. Resumir a carreiras a momentos isolados é cruel. Possivelmente ele pintará aqui no Athletico-PR no segundo semestre e, tomara, já estará se preparando para virar técnico ou dirigente do clube em que foi revelado.
E Marcelo? Meio doidinho, já teve muito técnico que preteriu Marcelo, seja na seleção, seja no Real Madrid. Neste sábado, ele levantou (literalmente) a 24ª taça desde que chegou ao clube, em 2007. São 16 temporadas no maior clube de futebol do mundo e ele virou o maior campeão na história deste clube. É um feito gigantesco. Ainda coroou a atuação com uma assistência para Rodrygo no primeiro dos quatro gols contra o Espanyol.
Se alguém levantar o debate no Brasil, Marcelo ou Roberto Carlos, será massacrado. Porque o brasileiro coloca a Copa do Mundo (como se qualquer campeonato fosse vencido por indivíduos, não equipes) em uma esfera à parte. Não entrarei no debate, não vem ao caso. Mas ele é válido. E, por si só, já mostra o tamanho de Marcelo.
Eu vivia e trabalhava em Madrid quando Marcelo lá chegou, em 2007. Um cara quietinho, meio assustado com tudo aquilo, que chegava para substituir "só" o maior lateral da história do clube. Eu, sinceramente, achei que ele duraria bem pouco, que seria engolido pelo clube. Errei "de leve".
Esses caras deveriam ser tratados como dois dos grandes jogadores brasileiros do século, com carreiras sólidas e completas, que não podem ser consideradas menores pelo que deixaram de vencer com a camisa da seleção. Foram protagonistas. E hoje provavelmente tiveram o último grande momento com a camisa dos dois clubes. Palmas para eles.
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