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Real à parte, time de Guardiola deu uma das maiores pipocadas da história
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Eu sei que o sujeito da história é o Real Madrid. Porque é o maior campeão do futebol europeu, porque fez milagre contra o PSG, fez contra o Chelsea e, agora, fez mais um para chegar na final ao bater o City por 3 a 1. Mas, me perdoem, não dá para, desta vez, falar só de Real, e não do adversário.
A pipocada do Manchester City nesta quarta-feira, no Estádio Santiago Bernabéu, é uma das maiores da história do futebol.
Depois de vencer por 4 a 3 o jogo de ida, o City, de Guardiola, vencia o da volta por 1 a 0, com um gol de Mahrez já aos 28min do segundo tempo. O Bernabéu estava quietinho. O Real Madrid não dava sinais de que seria capaz de fazer alguma coisa.
Guardiola só pensou em encerrar o jogo, tirou Mahrez e Gabriel Jesus para colocar Grealish e Fernandinho em campo. Ancelotti foi para o tudo ou nada, tirando Casemiro e Modric para colocar Camavinga e Asensio. Tinha muito mais cara de nada do que tudo. O City passou a ter contra ataques, Grealish, uma das contratações mais caras da história, perdeu dois gols.
E aí, no meio do silêncio, apareceu Rodrygo para fazer dois do outro lado, aos 45min e aos 46min do segundo tempo. Tudo bem o City não ser um ótimo time defensivo. Mas, caramba, será que ninguém contava com a possibilidade de o Real precisar ir com tudo em algum momento do jogo?
O City já havia passado sufoco em Madri, na eliminatória contra o Atlético. Foi pego desprevenido de novo? Oras, não dá para defender Guardiola - que ganhou sua última Champions num longínquo 2011. Quando o jogo foi para a prorrogação, o City tinha em campo uma escalação que não metia medo em ninguém.
O tempo-extra, como era de se esperar, já começa com um gol do Real Madrid contra o assustado time de Guardiola. Outra jogada de Rodrygo e pênalti em Benzema, que bateu bem e se redimiu de dois gols desperdiçados (raridade) no tempo normal. Logicamente, o City pressionou em busca do gol, que levaria para os pênaltis. Mas, do outro lado, não havia um time pipoqueiro. Muito pelo contrário.
Assim como no último ano de Copa do Mundo, Real Madrid e Liverpool voltam a decidir o principal torneio de clubes do mundo.
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