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Melhores seleções em 2018, Bélgica e França caíram e têm problemas
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Está convencionado dizer que a França tem a melhor seleção do mundo. Quando olhamos para a escalação, fica difícil discordar. Quando olhamos para a última Copa, também. Mas já sabemos que o futebol jogado na vida real não é o da lista de nomes em uma folha de papel, certo?
França e Bélgica eram as melhores seleções do mundo em 2018, talvez o Brasil pudesse ser inserido no grupinho de três. Não à toa, os jogos entre Bélgica e Brasil e entre França e Bélgica foram tão equilibrados. Hoje, a seleção de Tite está em nível parecido ao que estava. França e Bélgica estão claramente com problemas.
Pela Liga das Nações, nesta sexta, a Bélgica levou uma sapatada de 4 a 1 da Holanda, em casa. Courtois não jogou, mas não sei se o melhor goleiro da temporada teria mudado muito a história do jogo. Da tal "geração belga" que ocupou a primeira posição no Ranking da Fifa, só ele e De Bruyne mantêm o nível de outrora. A zaga, que nunca foi grandes coisas, envelheceu. Hazard, sim, isso mesmo, Hazard foi titular contra a Holanda. Lukaku e Witsel também caíram, Mertens não está mais.
A Bélgica era minha favorita aos títulos da Euro de 2016 e da Copa de 2018. Hoje, não estaria no meu top 3 para a Copa do Mundo de 2022. Não pelo jogo contra a Holanda, isoladamente, mas pelo ciclo e pela Euro feita no ano passado.
A França mudou o sistema para jogar com três zagueiros, acho uma decisão sábia de Deschamps - Tite também deveria ter esta solução treinada e praticada, mesmo que não use primordialmente. E resgatou Benzema, porque Deschamps viu que era preciso dar uma sacudida e contar com um cara que não baixa o nível ao longo dos anos - pelo contrário, será o Bola de Ouro da temporada.
Nesta sexta, com Mbappé, Benzema e tudo em Saint-Denis, perdeu por 2 a 1 para a Dinamarca, de virada. A Dinamarca não é qualquer seleção. Chegou à semifinal da última Euro e, aliás, está no grupo da França não só na atual Liga das Nações, estará também no Catar.
O que impressiona não é o resultado final. É como a França nunca conseguiu pressionar e dominar, nunca conseguiu "sufocar" a adversária. Como também não havia conseguido ano passado, contra a Suíça, no jogo em que foi eliminada da Euro. A França perdeu força no meio de campo. Kanté e Griezmann não são os mesmos de 2018, longe disso. De Pogba, nem se fala. Não há tempo para renovar, ainda que haja material humano para isso.
França e Bélgica não têm chances na Copa? Não falei nada disso. Mas não consigo colocar a França como "favorita única", como muitos fazem. Hoje, Deschamps e Martínez têm mais preocupações do que Tite e Scaloni.
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