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Virada do Palmeiras é ducha de água fria no campeonato inteiro
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O São Paulo quase conseguiu quebrar uma invencibilidade de dois meses e meio do Palmeiras (18 jogos). Mas um gol de Gustavo Gómez, aos 45min do segundo tempo, decretou o empate. Outro de Murilo, aos 50min, configurou a virada do líder isolado do Campeonato Brasileiro.
Um time que não perdoa, que tem instinto de campeão e uma incrível autoconfiança em campo. O empate conseguido no último minuto já seria considerado um prêmio enorme para qualquer equipe que jogasse no Morumbi. Para o Palmeiras, não basta. Empatou, viu a plaquinha de 7 minutos de acréscimos levantar e foi buscar a vitória contra um adversário grogue.
Foi uma partida de resiliência por parte do São Paulo, que costuma jogar bem os primeiros tempos e mal os segundos. Nesta segunda, bem mesmo foi na primeira metade do primeiro tempo. Pressionou, sufocou, criou e fez o gol - meio que em um lance de sorte, a bola bateu no ombro de Patrick e entrou. A partir daí, o Palmeiras foi dono do jogo.
Merecia ter empatado, essa que é a verdade. A virada até pode parecer exagerada, mas nunca pode ser chamada de injusta. Até o cabeceio certeiro de Gómez, a bola teimava em não entrar - seja por ter batido em Arboleda quase em cima da linha, na etapa inicial, ou por ter batido na trave ou ter sido defendida por Jandrei, na final. Faz parte, assim é o futebol. No fim, veio o prêmio.
Quem acompanha o que escrevo aqui no UOL Esporte ou falo no Bandsports, sabe que considero o Palmeiras um time com cara de campeão já faz umas três semanas. Não consigo enxergar alguém tirando o título de Abel Ferreira e companhia. É claro que pode acontecer, o futebol brasileiro é sempre cheio de surpresas, mas o Palmeiras tem tanta consistência - dentro e fora de campo - que não consigo ver um "derretimento" em algum momento da temporada.
Jogos como o de hoje mostram isso. Uma derrota no Morumbi teria sido para lá de normal. O São Paulo vai acabar entre os primeiros do campeonato e só não é postulante real ao título porque ainda não tem algo que sobra no Palmeiras, a constância. Mas repito: times campeões não se conformam com derrotas "normais" ou empates "bons". Buscam as viradas históricas.
Não é só no São Paulo que o Palmeiras jogou uma cachoeira de água gelada: é em todos os times do campeonato.
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