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Início de Raphinha no Barcelona lembra o de Ronaldinho Gaúcho
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Contextos são contextos. Ronaldinho Gaúcho jogou mais bola que Messi? Alguns dirão que, no auge auge auge, sim. Outros, a maioria, como eu, dirão que não. Mas será que Messi seria Messi se o Barcelona não tivesse saído da depressão para alegria, do fundo do poço ao brilho dos títulos? Foi essa tranquilidade que gerou a "era Ronaldinho".
Hoje, assim como em 2003, o Barça é um clube deprimido. Sem grana, sem muitas esperanças e vendo o grande rival triunfar e esbanjar. Contextos são contextos e é neste contexto que um jogador de seleção brasileira, de alegria nos pés, de ataque, drible e gols, promissor, mais ainda não definitivamente consagrado, escolheu jogar no Barcelona.
E a escolha não é um processo qualquer. Porque o caminho natural de Raphinha era sair do Leeds para o Chelsea, seguir na Premier League e subir um degrau. Mas ele bateu o pé, assim como fez Ronaldinho em 2003. Ele quis seguir a trilha verde-amarela dos Rs - aquela já conhecida e maravilhosa: Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho.
Raphinha chegou chegando, fez gol em amistoso de estreia (contra o Inter Miami) e meteu um golaço no 1 a 0 sobre o Real Madrid, ontem, em Las Vegas. É só um amistoso, um monte de gente ficou fora da partida, sim, eu sei de tudo isso. Mas o cara foi lá, meteu um golaço no primeiro jogo dele contra o Real Madrid e foi o nome da partida. Internacionalizou a presença, em um jogo que é visto por muita gente em muitas partes do mundo.
É muito diferente chegar na Copa com um aposto ou com nome próprio. Ele não é mais o Raphinha, ponta do Leeds, que jogou bem na Premier League e com Bielsa e que foi convocado pela primeira vez por Tite. Agora ele é o Raphinha. Ponto.
Não estou aqui dizendo que ele é tão bom quanto Ronaldinho. Acho até que não. Mas não sabemos, o futuro pode mostrar muitas coisas para várias direções, a aleatoriedade faz parte do mundo do futebol. Só que contextos são contextos e eles são parecidíssimos. Até mesmo o presidente messiânico em busca do resgate do clube é o mesmo: Laporta.
Num estalar de dedos, a imagem do Barcelona já é outra. Raphinha pode ser o novo Ronaldinho, Lewandowski, o novo Eto'o. E a imaginação é uma liberdade que todos nós temos direito de ter.
Sabe-se lá como o Barça fez e vai bancar as contratações deste mercado, mas o time mudou de cara. E Raphinha é o sorriso deste novo rosto.
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