Topo

Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Liverpool é humilhado e deixa claro que tropeços não são acidentais

Juergen Klopp, treinador do Liverpool, durante a final da última Liga dos Campeões  - Julian Finney/Getty Images
Juergen Klopp, treinador do Liverpool, durante a final da última Liga dos Campeões Imagem: Julian Finney/Getty Images

07/09/2022 18h02

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Depois de temporadas incríveis, de títulos e disputas alucinantes com o Manchester City, o Liverpool começou mal a temporada. A "troca" Mané por Darwin Nuñez não gerou assim um encaixe tão automático, como muitos pensavam. O futebol é dinâmico demais, às vezes um parafuso se solta e a engrenagem vai toda embora.

Os tropeços na Premier League, no entanto, estavam sendo tratados só assim: como tropeços. Mas quando você estreia na Champions League levando um 4 a 1 do Napoli, que nem mesmo é o melhor time da Itália, fica claro que o buraco é mais embaixo. Não é só um parafuso que se soltou.

Com meia hora de jogo no estádio Diego Maradona, o Napoli vencia por 2 a 0 e já tinha perdido um gol feito, com Van Dijk salvando em cima da linha, e um pênalti, defendido por Alison. O 4 a 0 saiu "ao natural", como diriam os antigos. Foi, sem dúvida, a atuação mais pífia do Liverpool em todos esses anos sob comando de Klopp.

Foi um daqueles jogos em que, se o Napoli quisesse, teria feito 7 ou 8. Joe Gómez teve uma atuação ridícula, Alexander-Arnold voltou a mostrar todos os seus problemas na marcação, Van Dijk já não lembra mais um zagueiro do porte "melhor do mundo". A defesa é o buraco do time. Mas não só isso. Nada está funcionando.

A Champions League só se define no ano que vem, o Liverpool tem tempo para se recuperar, se classificar e encontrar o caminho no mata-mata. Mas, do jeito que está, será figurante na Premier League. Foi um massacre e tanto no Sul da Itália. Klopp vai ter trabalho.