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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Corinthians de Vítor Pereira é multidimensional e compete como poucos

Mosquito e Renato Augusto comemoram gol do Corinthians sobre o Fluminense na Copa do Brasil - SAULO DIAS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Mosquito e Renato Augusto comemoram gol do Corinthians sobre o Fluminense na Copa do Brasil Imagem: SAULO DIAS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

15/09/2022 21h57

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Você prefere que teu time jogue ou compita? Não que sejam coisas excludentes. Qualquer torcedor prefere ver o time ganhar a perder, independente da circunstância e da forma. Em teoria, jogar bem aumenta as chances de ganhar. Mas não tanto quanto competir bem. Se as duas coisas caminham juntas, mundo perfeito.

No primeiro tempo desta noite, em Itaquera, o Corinthians jogou bem e competiu. No resto do duelo, competiu. É um time que consegue jogar de várias maneiras. O Fluminense é mais unidimensional. Quando se mete a fazer outra coisa, se dá mal - é o caso do chutão bizarro de Fábio no primeiro tempo, que gerou o gol mais decisivo da noite.

O Fluminense joga mais bola do que o Corinthians. Mas o Corinthians compete muito, esta é a grande marca da passagem de Vítor Pereira até aqui. Fez uma semifinal inteligente e está classificado para a decisão da Copa do Brasil, contra um inegavelmente favorito Flamengo.

No jogo do Rio, o Fluminense foi muito superior. Mas as falhas foram aproveitadas por um pragmático Corinthians, que saiu de lá com um grande empate. No jogo de São Paulo, o Corinthians aproveitou o fator casa e fez um enorme primeiro tempo. Jogou com bola no chão, pressão, nunca permitiu que o Flu se sentisse confortável e poderia ter feito até mais de um gol. No segundo, recuou, chamou, especulou com o 1 a 0. Mas estava claríssimo que o time havia treinado para as duas situações, não foi algo gerado pela maior capacidade do Flu. No fim, saíram os dois gols que fizeram Itaquera explodir.

Com Vítor Pereira, o Corinthians consegue ser multidimensional ao longo das partidas. Às vezes ataca mais, pressiona mais, às vezes recua as linhas, se defende. É um time bem treinado e que sempre, sempre, sempre compete. Quem compete, pode ganhar. Quem não compete, nunca.