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Rodada da Liga dos Campeões enche Barcelona e Manchester City de esperanças
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A segunda rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa trouxe algumas surpresas. O Porto levar 4 do Brugge em casa não é normal. Por outro lado, Sporting e Benfica lavaram a honra portuguesa ao ganharem jogos enormes contra Tottenham e Juventus, respectivamente. No meu ponto de vista, as vitórias dos lisboetas são normais, mas entendo que muitos vejam como zebras. Os ingleses, representantes da liga mais poderosa do mundo, estão sofrendo na Europa.
O Liverpool, depois da sacolada que levou do Napoli, precisou de um gol no último minuto para bater o Ajax. O Chelsea, que havia perdido para o Dinamo, em Zagreb, voltou a decepcionar e só empatou com o RB Salzburg ontem, em Londres. O Tottenham já foi citado. E até o todo-poderoso Manchester City teve de achar dois gols no fim para bater um não-tão-poderoso-assim Borussia Dortmund. E tudo isso com mais dias de descanso do que os adversários, pois a rodada de fim de semana na Inglaterra foi adiada pela morte da Rainha.
Da vitória do City, porém, veio uma grande notícia. Ou melhor, uma confirmação. A virada "in extremis" sobre o Dortmund surgiu de uma bola alçada na área e um gol típico de atacante, marcado por quem chegou para fazer isso (e mais): Haaland.
Será que o Manchester City teria tido sorte diferente nas últimas edições da Champions League se pudesse escalar um camisa 9 como Haaland? Eu não tenho dúvidas. Acho que Guardiola tinha. E talvez esteja deixando de ter. Imaginem só se Haaland não teria metido uma ou duas ou três para dentro no jogo do Bernabéu. Pep não é apaixonado por centroavantes puros, mas o clube se rendeu à necessidade - trouxe não só um, mas dois, com Julián Álvarez.
O jogo contra o Borussia não foi bom, o City mostrou falta de ideias em vários momentos - ainda que tenha conseguido, como sempre, ter mais a bola e finalizar mais. O grande pleno segue o mesmo, ganhar a Europa pela primeira vez. A afirmação de Haaland é a grande notícia para o time - com um gol estilo capoeira, que seria assinado por Ibrahimovic e que não seria marcado por um baixinho bom de bola (mas que não pisa na área para concluir).
No caso do Barcelona, a análise é inversa, mas com o mesmo resultado: esperança de coisas boas pela frente. O Barça jogou uma partida interessante em Munique, mas acabou perdendo por 2 a 0. Desempenho bem superior ao resultado.
É verdade que houve erros defensivos inaceitáveis no segundo tempo, mas o fato é que o Barcelona poderia ter virado o primeiro vencendo por 2 ou 3 a 0. Lewandowski, ao contrário de Haaland, não fez valer a "lei do ex" e perdeu gols que não costuma perder. Mas não foi só isso, Pedri também falhou e a arbitragem comeu um pênalti sobre Dembélé. Na temporada passada, o Barcelona não passou nem perto de fazer um pontinho sequer nos jogos contra o Bayern.
O torcedor otimista pode e deve pensar: se o time poderia ter vencido o Bayern em Munique, com imposição, então a real é que pode vencer qualquer time na Europa e sonhar com tudo. O torcedor pessimista pode olhar as fragilidades defensivas deste Bayern e concluir, pelo resultado final do jogo, que este Barça ainda não está pronto. A realidade possivelmente esteja no meio disso tudo, há muito o que melhorar. Mas o fato é que o novo Barça mostrou que pode conquistar grandes coisas na temporada.
Antes, terá de jogar uma espécie de mata-mata fora da hora com a Inter de Milão pela segunda vaga do grupo. No dia 4 de outubro, em San Siro. No dia 12, no Camp Nou. De quebra, tem o superclássico contra o Real Madrid no dia 15. A primeira quinzena de outubro, após a data Fifa, indicará o que será desta temporada tão crucial para a história do Barça.
Para a análise de Bayern 2 x 0 Barcelona, em vídeo, clique aqui e acesse o Futebol Sem Fronteiras.
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