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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Brasil se preparou direitinho para ser campeão do mundo. Agora, é com eles!

Neymar e Raphinha comemoram gol marcado pela seleção brasileira contra a Tunísia - Anne-Christine Poujoulat/AFP
Neymar e Raphinha comemoram gol marcado pela seleção brasileira contra a Tunísia Imagem: Anne-Christine Poujoulat/AFP

27/09/2022 17h22

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A preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2022 foi quase perfeita. Desde a derrota para a Bélgica, em 2018, quase tudo foi feito da forma correta, apesar de (ou pelo fato de) a CBF ter ficado praticamente sem comando no período.

Quem manda na seleção é Tite, um raro caso de continuidade de trabalho - o primeiro acerto. Fez uma campanha brilhante nas eliminatórias sul-americanas, com adversários muito mais fortes do que parece ou do que querem dizer que são - com o intuito de diminuir o trabalho de Tite. Convocações responsáveis e coerentes, quase indiscutíveis. Às vésperas da Copa, amistosos úteis contra dois asiáticos e dois africanos que estarão na Copa.

A única coisa mal feita foi aquela porcaria de Copa América durante a pandemia, mas aí não foi culpa de Tite ou dos jogadores. Não havia clima para aquilo, e o Brasil perdeu para a Argentina a final. Até mesmo aquela derrota foi bastante útil para que o time não se considerasse imbatível ou qualquer coisa do tipo.

Nesta terça, contra a Tunísia, Tite voltou a colocar em campo um time com Fred de segundo volante. Não gosto da escolha. Mas o resto funcionou bem, obrigado. Raphinha fez um grande jogo, com dois gols e uma assistência no primeiro tempo. Foi um jogo pegado, brigado, nervoso, Neymar voltou a ser facilmente irritado. Bateu e levou. Hoje, o expulso foi o outro. Na Copa, não pode ser ele o expulso.

Estão todos testados, tudo o que deveria ter sido feito, foi feito. Essa história de "o Brasil só ganha a Copa quando chega desacreditado" é coisa de supersticioso, tem pouca racional por trás. É muito melhor chegar bem, chegar confiante, chegar vencendo. Agora, é com eles. É chegar na Copa e fazer as coisas acontecerem.