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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

City e PSG buscam as peças que faltavam e são as máquinas do momento

Haaland comemora seu 2° gol pelo Manchester City na partida diante do Copenhagen - Ulrik Pedersen/DeFodi Images via Getty Images
Haaland comemora seu 2° gol pelo Manchester City na partida diante do Copenhagen Imagem: Ulrik Pedersen/DeFodi Images via Getty Images

05/10/2022 18h02

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É meio estranho falar o que você já falou. E é estranho também elogiar um time quando o resultado final é um empate. Mas segue valendo. A pergunta que não quer calar é: chegou a hora de Manchester City ou Paris Saint-Germain ganharem a Liga dos Campeões da Europa?

O PSG empatou com o Benfica nesta quarta, em Lisboa. Foi um jogo perigoso, e é normal que tenha sido assim, pois o Benfica é uma das boas equipes da temporada. No primeiro tempo, Donnarumma preciso intervir em alguns momentos para salvar o Paris. Mas, mesmo sem jogar tão bem, o PSG fez um gol em uma triangulação entre, adivinhem, Mbappé, Neymar e Messi - sexto jogo seguido com gol do argentino, juntando clube e seleção.

No segundo tempo, foi jogo de um time só, com muitas chances criadas e desperdiçadas. O PSG deveria ter saído com a vitória, mas o empate não diminui o ótimo desempenho.

Já o Manchester City fez o de sempre: goleou. A vítima da vez foi o Copenhagen, 5 a 0, com mais dois de Haaland.

O que mudou em relação aos outros anos, quando eu também já me perguntava se não teria chegado a hora para City e PSG? O que mudou foi a chegada de duas figuras que eram exatamente o que ambos precisavam.

No caso do City, é até óbvio. O time de Guardiola sentiu claramente a falta de um atacante de garantias nas eliminações dos últimos anos, na Champions League. Precisava de um número 9 e foi buscar simplesmente o melhor deles. Haaland é sacanagem, é um atacante alto, forte, rápido, ágil, inteligente e ótimo tecnicamente. É o pacote completo, vai fulminar todos os recordes ao longo dos anos.

Eu não tenho dúvida alguma: se o Manchester City tivesse Haaland no ano passado ou qualquer dos anos anteriores, já teria sido campeão europeu.

No PSG, a figura-chave é Christophe Galtier, o técnico que encontrou uma maneira de o time jogar coletivamente e fazer valer o fato de ter três extra-classes na frente. Junto com Galtier, chegou Vitinha, o português que já virou peça fundamental no meio de campo. Sergio Ramos, que parecia ser um ex-jogador, traz também mais segurança atrás. E outras peças de composição de elenco são melhores que as que estavam disponíveis no ano passado.

Neymar está a fim, Messi está a fim e Mbappé está se encontrando no novo papel de "dono do time". Enquanto se encontra, vai fazendo gols. É a máquina que todos esperavam e que está bem azeitadinha neste início de temporada.

Será que um deles ser campeão? Não sei. Tem uma Copa do Mundo no meio, e uma Copa pode mudar a dinâmica de muitos times - os dois e também outros. E é mata-mata, como sabemos.

Barcelona e Real Madrid estão bem, Arsenal e Napoli são gratas surpresas da temporada, o Bayern é o Bayern e o Liverpool em algum momento irá recuperar a forma. Mas o dois melhores times do mundo hoje, com alguma distância, são o City e o PSG. Dinheiro faz a diferença.