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Renascimento de Griezmann é a única boa notícia para a França
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A estratégia do Atlético de Madrid foi considerada, no mínimo, desprovida de ética na Catalunha. Colocando Griezmann para jogar só meia hora por jogo, entrando sempre aos 15min do segundo tempo, independente do andamento do embate, o Atlético se protegeu de pagar ao Barcelona um valor que não queria mais pagar pelo jogador. Resultado: um desesperado Barça, que precisa de dinheiro e não quer pagar o salário do francês, deu 50% de desconto. O Atlético ficou com Griezmann por 20 milhões de euros e ele voltou a jogar.
Foi titular na Liga dos Campeões e neste domingo, em um jogo difícil, contra o Bétis, fora de casa, fez dois gols e jogou muita bola. Antoine está de volta.
E esta talvez seja a única boa notícia para a seleção francesa neste ano. O meio de campo titular da Copa de 2018 está fora do Qatar (Kanté, Pogba e Matuidi). No meio, está a grande dificuldade de renovação para Deschamps. É verdade que Tchouaméni está jogando muito no Real Madrid, substituiu Casemiro à altura. Camavinga também tem talento e Rabiot está jogando bem no meio do desastre que é a Juventus na temporada. Mas Rabiot é Rabiot, confia só quem quer. Não se encontra entrosamento no mercado da esquina.
Atrás, Deschamps não sabe se usa linha de três ou quatro. No ataque, Mbappé parece muito mais preocupado com uma agenda própria do que outra coisa. E Benzema é o Bola de Ouro, não é pouca coisa, mas jogar no Real Madrid com Vinícius Jr é uma situação, com Mbappé é outra. Benzema é um atacante que contribui e ajuda o coletivo e também precisa ser ajudado por ele.
Neste fim de semana, Varane se machucou - mas parece que não é nada grave. A França perdeu também Maignan, goleiro do Milan que faria sombra a Lloris - na minha opinião, já deveria ser titular. De Kanté e Pogba, já falei. Griezmann vinha se configurando em mais uma notícia desastrosa para Deschamps na temporada, mas agora pode ser que as coisas caminhem de outra forma.
Griezmann é fundamental para que algum tipo de liga seja encontrado entre o meio de campo desentrosado e a dupla Mbappé-Benzema na frente. E é importante também na tentativa de apaziguar o ambiente fora de campo, trazer Mbappé de volta ao mundo dos mortais.
Eu não acredito na França nesta Copa. Acho que Brasil e Argentina estão mais fortes, entrosados e confiantes, com suas estrelas mais focadas do que a estrela francesa. Prevejo uma campanha decepcionante, como foi a da Euro, no ano passado. Mas, se há alguma esperança de título, ele passa por alguns fatos positivos daqui até o Mundial - o renascimento de Griezmann é um deles.
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