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Corinthians e Atlético deveriam oferecer tudo e mais um pouco a Vojvoda
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O Corinthians está sem técnico e, pelo que ouvimos de Cuca ontem, o Atlético também estará em breve. Com o futebol brasileiro cada vez mais elitizado e nas mãos de poucos, acertar treinador é uma questão que ganhou ainda mais peso. Juan Pablo Vojvoda ainda disse se fica ou sai do Fortaleza e bobo será quem não fizer de tudo para seduzi-lo.
Vojvoda é, no mínimo no mínimo, o segundo melhor treinador em atividade no Brasil somando as temporadas 2021 e 2022 - pode-se se argumentar a favor e contra quando colocado diante de Abel Ferreira.
O que o argentino fez no Fortaleza vai muito além de bons resultados - e eles foram vários, com título no que dá para o Fortaleza vencer e duas classificações absolutamente inimagináveis para a Libertadores. No ano passado, o Fortaleza ficou o Brasileirão inteiro no top 5. Neste ano, passou o primeiro turno inteiro na lanterna e fez a terceira melhor campanha do returno para beliscar a oitava posição (que dá direito à pré-Libertadores).
Mas, como eu disse, Vojvoda extrapolou resultados. Se no ano passado o Fortaleza era um time de posse de bola, que se impunha diante da maioria dos rivais, e de muita pressão para recuperação, neste ano, diante dos maus resultados e com jogadores diferentes à disposição, o "doutor" mudou o estilo da equipe, que passou a apostar mais na velocidade.
O Fortaleza não jogou bem o ano todo. Teve vários jogos francamente ruins, curiosamente vários deles vieram acompanhados de bons resultados (no segundo turno). Não estamos falando de um time perfeito. Estamos falando de um elenco limitado e que conseguiu extrapolar o que dele se esperava - se isso não é culpa do técnico, de quem seria?
Vojvoda passa a mesma impressão que passou Vítor Pereira neste ano de Corinthians: a impressão de que tem o controle da situação. Conhece elenco, conhece adversários, não tem medo de testar, escreve o roteiro de uma partida em sua cabeça antes de entrar em campo. Há técnicos que conseguem bons resultados aqui e ali, mas há técnicos que mostram uma capacidade melhor de dominar o território de atuação.
O Corinthians viu a diferença que faz ter um técnico ótimo versus experimentações. E o Atlético Mineiro viu que não há elenco imune ao troca-troca de comando e estilos.
Certamente nem o clube paulista nem o mineiro podem oferecer a Vojvoda uma qualidade de vida melhor do que a que ele tem em Fortaleza. Mas podem oferecer a chance de títulos grandes, com mais material humano à disposição. Eu, se fosse dirigente do Corinthians ou do Galo, iria para cima do argentino com todas as armas possíveis. Não há um nome melhor do que o dele no momento. Quem perder a disputa pode até ficar com Coudet, não estaria mal. Mas a bola da vez, sem dúvida, é Vojvoda.
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