Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Futebol o Brasil é a expressão da alegria. Quero que Roy Keane se dane!
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Tite já sabia que uma ou outra crítica viria, tanto que tratou de se explicar na coletiva de imprensa sem nem ser questionado sobre o tema. A dancinha junto ao Pombo Richarlison e o resto do time não tinha como ser escondida, como queria Tite. Não precisava ser escondida. Não deveria ser escondida.
O tema de europeus bravinhos com danças de brasileiros é recorrente, é antigo. É difícil explicar a expressão autêntica da felicidade para alguém que não sabe o que é expressar felicidade.
Somos um povo com qualidades e defeitos. Assim como os ingleses são um povo com qualidades e defeitos. Até acho que, como sociedade, eles têm mais qualidades e, nós, mais defeitos. Mas isso para meu gosto e meus conceitos.
Agora, o que Roy Keane fez ontem, ao criticar Tite, expõe perfeitamente o grande defeitos dos ingleses, ainda que ele seja irlandês, e de muitos europeus do norte: acham que são melhores em tudo e que têm direito de julgar qualquer um, acham que são donos do certo e do errado, acham que o mundo inteiro deve seguir a cartilha comportamental deles. O inglês é um povo com pouca empatia. Consequentemente, não consegue nem passar perto de entender que o que Tite e os jogadores fizeram nada mais foi do que representar uma das nossas grandes qualidades: a capacidade de rir, se divertir, ser feliz.
Keane, como eu disse, é irlandês. Que, por sinal, é um povo bastante diferente do inglês, mais alegre, mais animado, mais humano. Mas Keane está inserido no futebol britânico faz tempo, mora lá há décadas e jogou em um dos clubes mais sisudos do planeta, o Manchester United. Sinceramente, eu acho uma tremenda perda de tempo debater o que Keane acha ou deixa de achar. Ele que se dane!
Aliás, é bom lembrar que Keane foi cortado da seleção irlandesa na Copa de 2002 por se desentender com o técnico. Oras, que grande exemplo.
Se algum coreano ou o técnico Paulo Bento reclamassem, seria notícia. Não foi o caso. Eles sabem que ninguém estava ali desrespeitando ninguém. Respeito profissional é algo que se mostra no campo de jogo.
Ontem, jogadores da seleção brasileira foram até a torcida celebrar junto a vitória. No sábado, argentinos fizeram o mesmo. Já os ingleses, domingo, ganharam de Senegal, bateram umas palminhas e foram para o vestiário.
Cada povo se expressa de uma maneira, e não estou aqui dizendo que um é melhor ou pior que o outro. Assim como cada torcida se expressa de uma maneira e tenho visto um monte de sommelier de torcidas querendo definir como se deve agir em um estádio.
Jogadores de futebol do Brasil gostam de dançar ao fazer gols. Ponto final. Respeitem e aturem. E, na boa, chega de dar bola para opiniões de quem não tem relevância e vive de mal com a vida.
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