Topo

Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Erro absurdo de arbitragem ajuda United a derrubar o City

Pep Guardiola lamenta durante partida entre Manchester City e Southampton na Copa da Liga Inglesa - Mike Hewitt/Getty Images
Pep Guardiola lamenta durante partida entre Manchester City e Southampton na Copa da Liga Inglesa Imagem: Mike Hewitt/Getty Images

14/01/2023 11h35Atualizada em 14/01/2023 11h35

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A fase do Manchester City não é das melhores. Eliminado da Copa da Liga Inglesa no meio de semana, o time de Guardiola voltou a perder pontos na Premier League e está deixando o torcedor do Arsenal (e outros) sonharem. O City não tem nada a ver com aquela máquina de outros anos, que ganhava todos os jogos e fazia a vida do torcedor do Liverpool ser um verdadeiro inferno.

Mas, neste sábado de manhã, foi escandalosamente prejudicado pela arbitragem para levar a virada e perder o dérbi contra o Manchester United. Com o resultado, o United agora está a apenas um ponto do City na classificação - uma informação surreal, se considerarmos aquele início de temporada dos Diabos Vermelhos, com crise, Cristiano Ronaldo fazendo beicinho e, em outubro, no jogo do turno, uma sova de 6 sofrida contra o rival da cidade. Aliás, o City havia feito 10 gols em dois jogos contra o United disputados no ano passado.

No primeiro tempo, o United deixou o City trocar passes inúteis no campo defensivo, marcou bem De Bruyne (boa atuação de Fred) e isolou Haaland. Foram poucas chances e um jogo chato, na real. No segundo tempo, tudo mudou. O time de Guardiola voltou muito melhor, mais incisivo e chegou com justiça ao gol, após um cruzamento de De Bruyne para Grealish, que havia acabado de entrar.

O jogo estava controlado pelo City até os 33min da etapa final. O United perdia e não encontrava soluções. Foi aí que surgiu o lance capital da partida. Um lançamento de Casemiro para Rashford, completamente impedido, que vai para a bola, participa da jogada, mas não consegue tocar nela. Bruno Fernandes vem por trás, chuta de primeira e empata a partida. O assistente, corretamente, marca o impedimento. Mas, diante da pressão dos jogadores do United, o árbitro - sem consultar o VAR - resolve validar o gol.

É uma decisão absurda, completamente equivocada. Rashford está impedido e participa da jogada, não há debate sobre isso. Corre para a bola, tenta dominá-la, leva o zagueiro com ele, enfim, participação "de livro". Que o VAR não tenha interferido é uma daquelas coisas da realeza inglesa, que gosta de determinar um método próprio de funcionamento de futebol, regras e protocolos de arbitragem.

A partir daí, vimos aquele filme que não é muito incomum em jogos grandes do City nos últimos anos. O time se perde, Guardiola fica sem saber o que fazer e a equipe azul desmancha em campo. O United virou o jogo, com Rashford, fez as devidas substituições defensivas para segurar o resultado e conseguiu o objetivo.

Foi um jogo grande do United, que faz um campeonato grande com Ten Hag, o técnico que teve gente querendo demitir com menos de um mês de trabalho. E foi um jogo - mais um - blasé do City. Mas, convenhamos, desta vez Guardiola tem um álibi dos bons.