Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Mentalidade e confiança, a grande dupla da história do Real Madrid
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Zé Mentalidade e Joãozinho Confiança. Que dupla, não é verdade?! É com eles que o Real Madrid é o que é. Aqui não vai nenhum menosprezo a qualquer jogador - e foram muitos os grandes da história que vestiram a camisa branca. Mas o Real já teve craques e gênios, já teve mediões e mediocres, já teve esforçados e batalhadores, já teve foras de classe e carregadores de piano. O que todos eles têm em comum? Adquiriram ou compreenderam o DNA vencedor do clube.
"Vamos Real, Hasta el Final", diz o verso da música que a torcida canta no Bernabéu. Uns tempos atrás fizeram a brincadeira sobre o São Paulo ser o Jason, o personagem famoso da série cinematográfica de terror "Sexta-Feira 13". Esqueçam. São Paulo, Grêmio, qualquer outro que se autoproclamar "imortal" já morre logo ao entrar em campo contra o verdadeiro imortal. Ninguém mata o Real Madrid. Para todos os clubes do mundo, a rotina é perder campeonatos e a exceção é ganhar. Só para o Real que a derrota é exceção. Principalmente nas noites europeias.
O que vimos ontem em Liverpool é épico, histórico e... corriqueiro.
Há alguns momentos-chave do jogo de Anfield. Perdendo por 2 a 0, o Real Madrid ainda perde a experiência de Alaba, mas Nacho, o "patinho feio" que substitui qualquer um na linha defensiva, fez uma partida primorosa, de muita concentração. Então aparece Vinícius Jr para mudar a partida com um golaço. Mas Klopp fala que o verdadeiro golpe anímico foi a virada, o 3 a 2, no começo do segundo tempo.
É uma construção. Estamos sempre caçando justificativas para os feitos do Real Madrid e quase sempre nos deparamos falando em sorte e azar. É claro que existe sorte, no futebol e em qualquer atividade da vida. Mas, mais do que sorte, o que o Real Madrid tem é certeza. A confiança de que nada nunca está perdido. E, quando ele de alguma forma demonstra que está vivo em campo, o adversário automaticamente se apavora.
Os erros do Liverpool estão diretamente relacionados a tudo isso. É o pavor, o que o madridismo chama de "miedo escénico". Seria um "medo do palco" e é citado quando os adversários se borram no Santiago Bernabéu, Mas o "miedo escénico" já serve para qualquer palco, não só o principal. Não importa onde seja a peça - ou o jogo.
O Liverpool se apavorou, assim como tantos se apavoraram no ano passado, nesta mesma Champions, ou em tantos momentos da história. É por isso que vale a pena levar Vinícius, Rodrygo, Endrick tão cedo. É que é crucial ensinar logo de cara aos meninos o que é ser e jogar pelo Real Madrid. Não é ser craque, ainda que não seja má ideia. É ser imbatível, é ter uma força mental, uma confiança na vitória e no impossível que ninguém tem.
"Graças a Deus não jogamos todas as semanas contra o Real Madrid", disse Klopp, após o 5 a 2 de terça-feira. Ele sabe o que fala.
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