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Peso da Copa cria 'temporada fantasma', e Fifa sonega prêmio a Benzema
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Qual é a mais importante premiação individual no futebol? O "The Best" da Fifa ou a "Bola de Ouro", da France Football? Na Europa, a segunda é a mais respeitada. No Brasil, a chancela oficial sempre manda. Os franceses bobearam em 2020 ao cancelar a premiação por causa da pandemia. O futebol foi retomado, a Fifa premiou Lewandowski e ganhou muito terreno nessa disputa. Terreno que, na minha opinião, perde ao "sonegar" um The Best a Benzema.
Foi o que aconteceu hoje. A seleção argentina dominou a premiação - Messi foi eleito melhor do mundo, Scaloni o melhor técnico, Dibu Martínez, melhor goleiro. É como se a temporada 2021/2022 não tivesse acontecido para a Fifa e os eleitores. É normal que seja assim, o problema não são os ganhadores, o problema foi o critério. A data. O The Best deveria ter sido realizado antes da Copa do Mundo.
As premiações de melhor do mundo deveriam ocorrer sempre em agosto ou setembro, após o final da temporada do futebol europeu. Não dá para ser um prêmio de ano corrido, porque o ano natural pega duas metades de temporada, e isso confunde todo mundo. Normalmente, a Copa ocorre no meio do ano natural, ou seja, marca o final de uma temporada. E, sim, ela tem um peso gigantesco.
Teve em 2006, quando Cannavaro foi colocado acima de Ronaldinho tanto pela Fifa quanto na Bola de Ouro, ou em 2018, quando Modric ganhou as duas. Curiosamente não teve em 2010 e em 2014, quando as premiações estavam unificadas e Messi e Cristiano Ronaldo foram eleitos no nome e pela temporada de clubes, não pelo que fizeram naquelas Copas - isso ocorreu basicamente porque os destaques de Espanha e Alemanha estavam pulverizados.
Em 2022, a Copa excepcionalmente não foi realizada ao final da temporada. Então, gente, paciência. Deixa para a próxima. A temporada 21/22 teve como melhor jogador Karim Benzema e como melhor goleiro Courtois, como corretamente identificaram os eleitores da Bola de Ouro.
A temporada 22/23 terá a premiação mais para o final deste ano e, nesta sim, deveria aparecer a Copa do Mundo. E aí sim, que fossem eleitos Messi, Scaloni ou Dibu (ou não). Os jogadores que atuaram na Copa estavam no meio desta temporada. Seus times estavam jogando campeonato e Champions e eles voltaram do Qatar para estes mesmos campeonatos e Champions. E, diga-se, está claro que Messi voltou a ser o melhor do mundo mesmo, pela Copa e por ESTA temporada (não a passada).
A Fifa acabou fazendo com Benzema o mesmo que a France Football fez com Lewandowski no ano 2020. Deixou sem prêmio o melhor jogador de uma temporada inteira, com começo, meio e fim. Nas duas, a taça ficou com Messi. Que nem precisava delas.
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