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Tabela da Libertadores deixa decisão fácil para o Fla e pepino para o Flu
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Flamengo e Fluminense terão viagens longas no meio da final do Campeonato Carioca, que disputarão com primeiro jogo neste sábado e, o segundo, no outro domingo. O Fla estreará na Libertadores da América enfrentando o Aucas, no Equador, na quarta que vem. Já o Flu viaja ao Peru para pegar o Sporting Cristal.
Como a Libertadores pode afetar a final? Em muitos aspectos, sobretudo o físico. São viagens longas, que quebrarão a semana de treinos entre uma final e outra.
A decisão desta Carioca específico é muito grande para os dois clubes, maior que em temporadas anteriores. Para o Flamengo, é a chance de ganhar algo e dar paz a Vítor Pereira, após os fracassos dos primeiros meses do ano. Para o Fluminense, ou melhor, para Fernando Diniz, é a chance de um título para "tirar a zica" e acabar com a história de nunca ter sido campeão.
O Fla me parece ter a decisão mais fácil. O grupo na Libertadores é muito tranquilo - além do Aucas, tem Nublense (do Chile) e o Racing. O time reserva do Flamengo atuou em vários jogos do Carioca e mostrou ser capaz de dar conta do recado. E um terceiro fator é a altitude de Quito, que não é irrelevante. Vítor Pereira pode tranquilamente deixar seus titulares treinando no Rio de Janeiro - nem ele mesmo deveria viajar, como, aliás, já fez algumas vezes neste ano.
O pepino está do lado do Fluminense. O grupo é muito mais complicado, com River Plate e Strongest (Bolívia), além do Sporting Cristal, que é um grande do Peru e é treinado por Tiago Nunes. É muito diferente pegar o Cristal lá na quinta rodada, com o time peruano possivelmente eliminado, ou pegar na primeira, fora de casa, quando todos os times ainda estão empolgados e sonhando com algo na Libertadores. A motivação é outra, o nível de dificuldade que o Sporting Cristal vai oferecer será muito maior na estreia.
Ou seja, o Fluminense não tem o fator altitude para atrapalhar, mas, por outro lado, tem menos margem de manobra. Colocar um time alternativo poderia significar problemas mais adiante na Libertadores - e o elenco não é assim tão grande para o Flu ter tantas opções..
Fernando Diniz não é muito de poupar, mas talvez conclua que seja melhor deixar veteranos como Cano ou Ganso no Rio de Janeiro. Uma outra memória, no entanto, pode levá-lo a não dar descanso a ninguém. Em 2020, quando era técnico do São Paulo, ele estava em um grupo que também tinha o River Plate, tinha a LDU (Equador) e o minúsculo Binacional, do Peru. Perdeu na estreia para o Binacional, na altitude, e não conseguiu mais se recuperar na competição.
É verdadeiramente um dilema. Até porque levar os titulares a Lima não é garantia de vitória. Seria, sim, garantia de desgaste físico para o segundo jogo da final contra o Flamengo.
É um dilema para o Flu, sem dúvida, que contrasta com uma decisão fácil para o Fla. Creio que a melhor decisão seria mandar os reservas ao Peru. Se o resultado for ruim lá, ainda haveria cinco rodadas para se recuperar. Já, na final estadual, qualquer erro ou desgaste excessivo será simplesmente fatal.
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