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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Real Madrid anula Haaland e mostra que pode encarar o 'novo' City

Vinicius Jr, do Real Madrid, comemora gol contra o Manchester City pela Liga dos Campeões - Mateo Villalba/Quality Sport Images/Getty Images
Vinicius Jr, do Real Madrid, comemora gol contra o Manchester City pela Liga dos Campeões Imagem: Mateo Villalba/Quality Sport Images/Getty Images

09/05/2023 18h11

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Em um primeiro tempo dominado pelo Manchester City, foi o Real Madrid que marcou. Já na etapa final, dominada pelo Madrid, o City foi quem encontrou o gol. Assim foi o tão esperado jogo que abriu as semifinais da Liga dos Campeões da Europa. Um tempo para cada time, com um gol para cada "na hora errada", ou seja, quando o outro era superior.

Do empate por 1 a 1 no Bernabéu, fica a sensação de que o Real Madrid pode aprontar na Inglaterra. É um duelo entre o time de Guardiola, dominante na Premier, contra um Real que não será campeão espanhol - um título perdido para um Barcelona nota 6. É um consenso que o City joga mais bola que o Real Madrid, o que passa longe de significar que o time inglês vá se classificar para a decisão europeia.

Mas o jogo de hoje mostrou que o Real Madrid tem a capacidade defensiva de parar Haaland - sem Militão, Rudiger e Alaba fizeram um trabalho imenso e anularam o atacante mais poderoso do momento. E mostrou que o Real tem a capacidade de dominar momentos da partida e chegar à frente com todo seu poderio.

O Manchester City não é o mesmo time do ano passado, que dominou o Madrid e nem mesmo entendeu como acabou eliminado no fim. É um time mais vertical e que se impõe mais de forma física do que propriamente através da imposição da posse de bola. O Real soube ler o jogo e, depois do sofrimento da primeira meia hora, conseguiu ser superior.

É uma semifinal completamente aberta e o fator casa importa pouco neste nível de jogo. O City precisa encontrar uma maneira de habilitar Haaland mais vezes na partida de volta, enquanto o Real já sabe o que precisa fazer. Aproveitar todos os momentos com o instinto assassino que lhe é historicamente característico.