Mano é mais do mesmo, mas aumenta chances de o Corinthians salvar o ano
Mano Menezes não emociona mais ninguém. Mas já não emocionava ano passado e levou um time do Inter bem fraco no papel ao vice-campeonato brasileiro. É um cara com experiência, bagagem, que sabe fazer bem o trabalho dele.
O que Mano não entrega? Jogo de protagonismo, superioridade. Não encanta. O que Mano entrega? Organização e competitividade. Isso quer dizer que seus times são vitoriosos? Não necessariamente. No curriculum, duas Séries B, três Copas do Brasil, um punhado de estaduais nesses 20 anos de estrada. Raramente, no entanto, são "galinhas mortas".
Apesar do contrato longo, no entanto, que mostra bem como dirigentes são irresponsáveis com as finanças do clube às vésperas de um processo eleitoral, Mano chega para um jogo. Que podem ser dois.
Se Mano conseguir classificar o Corinthians para a final e, depois, ganhar a Sul-Americana, está feito. Já valeu o contrato, na cabeça dos corintianos.
Com o Inter, Mano foi duas vezes a Fortaleza enfrentar Juan Pablo Vojvoda. No ano passado, levou uma pancada de 3 a 0. Neste ano, voltou com um empate por 1 a 1. Este resultado serve para o Corinthians levar, pelo menos, a disputa para pênaltis. Todo mundo dentro do clube assina embaixo. Com Luxemburgo, era difícil imaginar um time que conseguisse reverter o placar da ida. Com Mano, a coisa já fica embaralhada. Não porque um é muito melhor do que o outro, mas porque dificulta o trabalho de análise do adversário e pode gerar momentos de insegurança.
Com um técnico novo, sendo ele um cara respeitado no futebol (leia-se, jogadores) e que sempre se notabilizou por armar bons esquemas defensivos, o Corinthians até pode sonhar com algo positivo em Fortaleza. Talvez seja conveniente largar o clássico contra o São Paulo, no fim de semana, para um outro técnico e jogar só com a garotada.
E sobre o futuro? Mano é mais do mesmo. Do mesmo com o que nos acostumamos ao longo de muitos anos no Brasil e que agora está mudando com novas ideias, nomes e métodos. É competitivo, mas dificilmente fará do Corinthians um time para brigar por coisas grandes.
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