Diniz na seleção, capítulo 3: Integrar Vinícius Jr e ajustar lado esquerdo
Começou nesta semana uma segunda fase do trabalho de Fernando Diniz na seleção brasileira. Os dois capítulos iniciais foram bem sucedidos, com as vitórias sobre Bolívia e Peru, e foram marcados pelos ares de novidade e curiosidade. Os jogadores estavam empolgados com a chance de conhecer um treinador de quem quase só ouviram falar bem e que pensa fora da caixa - e externaram isso o tempo todo.
Agora, chegamos aos capítulos 3 e 4. O roteiro é parecido: jogo tranquilo em casa (Venezuela, em Cuiabá) e mais duro fora (Uruguai). Ganha jogo, confiança e carinho da torcida na primeira perna, checa o andamento das coisas na segunda - este é o normal. Os ares de novidade já são coisa do passado. Os principais caras - Neymar, Casemiro, Marquinhos e cia - já conhecem Diniz, a comissão técnica e já vão a campo mais familiarizados.
Exceto um. E não é qualquer um: Vinícius Júnior.
Vinícius é o principal protagonista brasileiro no futebol da Europa nas últimas duas temporadas. Mas Tite não morria de amores por ele. Pelo menos três jogadores que estiveram na última Copa me confidenciaram que era real aquela sensação que todos tínhamos: Tite não tinha boa vontade com Vini Jr.
Classificação e jogos
Depois de uma semana produtiva em Belém e Lima, Diniz e comissão agora correm para integrar Vini aos movimentos que eles desejam. E o pepino se aprofunda pelo fato de ser um lado esquerdo completamente novo. Com as lesões de Renan Lodi e Caio Henrique, os convocados para a lateral para os jogos contra Venezuela e Uruguai são Guilherme Arana e Carlos Augusto, uma novidade da lista. Arana nunca jogou com Diniz e só atuou três vezes junto com Vinícius Júnior sob comando de Tite - nenhuma partida completa.
Nos jogos contra Bolívia e Chile, Raphinha foi titular, um canhoto pela ponta direita. Agora, Rodrygo irá ocupar a vaga que a comissão já tinha imaginado para ele, atuando aberto ela direita e deixando a esquerda para seu companheiro de Real Madrid.
A seleção tem sete jogadores diferentes em relação à outra convocação. Apenas um, o zagueiro Roger Ibañez, do Al Ahly (Arábia Saudita), foi trocado por opção técnica - chegou Bremer, que esteve na última Copa. Os outros todos ficaram fora por motivos físicos. Assim, meio que sem querer, Diniz ganhou a chance de observar mais nomes e ampliar o leque antes da dobradinha de jogos mais importante, a última do ano: Colômbia (fora) e Argentina (no Maracanã).
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