Julio Gomes

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Detonado no Corinthians até pela roupa, Sylvinho faz história com a Albânia

Com o empate desta sexta, contra Moldova, a seleção da Albânia se classificou para a Euro-2024. Sylvinho, ex-treinador do Corinthians, que saiu demitido debaixo de uma chuva de críticas, se tornará no ano que vem o segundo técnico brasileiro a comandar uma seleção na Euro - o outro, claro, foi Luiz Felipe Scolari, técnico de Portugal em 2004 (vice-campeão) e 2008 (quadrifinalista).

A Albânia de Sylvinho avança em um grupo duro, que tinha seleções mais fortes, como Polônia e República Tcheca. É a segunda vez na história que os albaneses têm a chance de jogar a Euro. A outra foi em 2016, quando perderam jogos para Suíça e França, mas ganharam uma, em cima da Romênia.

Sylvinho foi mais uma vítima da máquina de moer técnicos em que se transformou o Corinthians nos últimos anos. Dizem que a Gaviões da Fiel não aceitava o linguajar e os trajes de Sylvinho, considerados refinados demais. Pois é. Talvez um técnico jovem, com muito a aprender, mas que se preparou para o momento, pudesse ter mais tempo de trabalho do que teve.

Com linguajar e trajes refinados, Sylvinho estará na segunda maior competição de seleções do mundo. E com um país que nem era cotado para estar lá.

Se entre técnicos o Brasil não tem muita tradição e espaço na Europa, entre jogadores a história é diferente. Marcos Senna foi campeão com a Espanha, em 2008, e Jorginho, Tolói e Emerson com a Itália, em 2021 (na Euro-2020).

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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