Julio Gomes

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Segredo do Palmeiras é óbvio: estabilidade

O Palmeiras está a uma vitória do título brasileiro. OK, OK, eu sei que, na matemática, ainda faltam quatro pontos. Mas, convenhamos, são sete gols de vantagem no saldo contra o Botafogo, oito a mais que o Galo, 16 para cima do Flamengo. Diferenças de saldo assim não serão tiradas em dois jogos. O Palmeiras pode ganhar uma e perder uma de boa que o título estará no bolso.

Como isso aconteceu? O grande responsável, logicamente, é o Botafogo. O time que tinha 14 pontos de vantagem para o Palmeiras, liderava com folga e ficou nove partidas seguidas sem vencer. O Botafogo é aquele ciclista que escapou do pelotão, ficou na frente, perdeu o fôlego e foi alcançado por todo mundo ao mesmo tempo. Não é que o Palmeiras escapou do pelotão para alcançar o líder. Ele já tinha até desistido da corrida e visualizava batalhas futuras - até falou isso abertamente.

Mas aí o líder morreu. E o campeonato se abriu para todo mundo. Virou uma corrida de sprint. No sprint, sobressaiu quem já tinha vivido isso mais vezes, quem estava preparado para a vitória.

O Palmeiras tem o que ninguém tem: estabilidade. O mesmo técnico há três anos, a mesma base de jogadores, os mesmos métodos de treinamento, um gramado que lhe beneficia, uma torcida que paga e comparece. A estabilidade financeira e de gestão fez o clube até produzir jogadores, coisa que não acontecera antes na história.

O Palmeiras tem uma série de coisas que funcionam há tempos e simplesmente seguiram funcionando ao longo do Brasileiro, apesar de o time ter piorado e de alguns tropeços. É uma fórmula tão básica que é incrível que não seja devidamente copiada por todos — especialmente o grande rival na luta por títulos, o Flamengo.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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