Pior Palmeiras de Abel ganha o título mais improvável
Nos três anos de Abel Ferreira no Palmeiras, o time deste ano foi o que apresentou mais problemas. Era quase imbatível no ano passado, mas perdeu Danilo e Scarpa, não conseguiu repor à altura e viu a queda de nível de alguns jogadores. Sofreu na final do Paulista contra o Água Santa, sofreu e caiu na Libertadores e chegou a praticamente abandonar o Brasileirão
Era quando o Botafogo tinha uma vantagem enorme na ponta, e Abel usou algumas vezes o time reserva inteiro no Brasileiro antes de jogos da Libertadores - coisa que não tinha passado nem perto de fazer no ano passado, em fases similares. A torcida reclamava do "avião da Leila", parte dela xingava a pichava muros com coisa do tipo "acabou a paciência". No meio do campeonato, menos de três meses atrás, Breno Lopes chegou a fazer um gol e mostrar o dedo do meio para a torcida. Hoje, Breno Lopes fez o gol da vitória sobre o Fluminense, o gol do título.
Por tudo isso e no meio de cinco derrotas seguidas, chegou a parecer impossível que o Palmeiras pudesse revalidar o título brasileiro. Mas aí apareceu o Botafogo derretendo, o campeonato se abriu para todos e, neste momento, o Palmeiras foi o merecedor da conquista - que não é matemática, eu sei, mas é óbvia, dada a diferença de saldo de gols que o Palmeiras tem em relação aos times que podem alcançá-lo em pontos.
O time somou neste Brasileiro 12 pontos a menos do que o time do ano passado, fez menos e sofreu mais gols. Jogou menos do que o time de 2021, que não ganhou o nacional, mas ganhou a Libertadores com autoridade. O que importa tudo isso? Nada. Um título é um título. Mais um título brasileiro, enorme para o Palmeiras, inalcançável para a concorrência.
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