Vitória tranquila do São Paulo escancara diferença atual para o Corinthians
O São Paulo passou 10 anos sofrendo em Itaquera. Já estava merecendo havia algum tempinho vencer no estádio do Corinthians e, nesta terça, o tabu, afinal, caiu. Foi uma vitória fácil do São Paulo, uma vitória que escancara bem o momento de cada time - e de cada clube.
O título paulista de dois anos atrás tirou um peso das costas. E a Copa do Brasil do ano passado coloca o São Paulo de novo "nas cabeças". Não, o São Paulo ainda não tem a mesma folga financeira do Palmeiras, tampouco o orçamento anual do Flamengo e nem o potencial de arrecadação do Corinthians. Mas isso não muda com passe de mágica. É com trabalho e pouco a pouco. E, pouco a pouco, o São Paulo parece que vai se colocar antes do Corinthians em condições de enfrentar o domínio que Palmeiras e Flamengo impõem há seis anos.
Hoje, o São Paulo tem um bom elenco. O ataque, por exemplo, é melhor que o do Palmeiras. É suficiente para ganhar o Brasileirão? Ainda não parece. E para brigar na Libertadores? Opa, aí já dá para conversar.
Já o Corinthians vive uma depressão de qualidade há seis anos. A renovação não foi feita no tempo certo e, agora, parece estar sendo mal feita. Com correria. O time é jovem e não mostra ainda grande potencial. Sim, é cedo na temporada. E Mano Menezes, se continuar, pode ainda mudar algumas rotas. Mas a estrada do Corinthians é muito mais longa que a do São Paulo - que já percorreu parte dela.
Classificação e jogos
O tabu já deveria ter caído. Se olharmos para um recorte recente, de repente em Itaquera o Corinthians ganhou só um dos últimos seis jogos contra o São Paulo. Caiu hoje em uma partida em que o São Paulo foi melhor quando precisou, depois até tirou o pé e administrou. Foi beneficiado também por uma expulsão de Caetano, no primeiro tempo, bem discutível.
A escalação dos times já deixava claro que o Corinthians estaria feliz da vida com um empate, enquanto o São Paulo ia a campo com tudo para vencer. O Tricolor foi melhor, fez o gol, ficou com um a mais, matou no início do segundo tempo e depois esperou o tempo passar. Fez o suficiente. Tirou tanto o pé que ainda levou um susto desnecessário nos minutos finais (gol e pequena pressão), mas era a hora de o tabu cair.
Um resultado que dá estofo e confiança para um técnico novato, Carpini. E que coloca em xeque o trabalho de Mano Menezes - seria um absurdo demiti-lo, mas o Corinthians já cometeu muitos absurdos em tempos recentes.
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