Mano fica? Ano mal começou e 'novo' Corinthians já está na encruzilhada
Era o ano de 2014. Mano Menezes deveria estar no comando da seleção brasileira se preparando para a Copa, mas estava perdendo quatro jogos seguidos pelo Corinthians no Paulistão. Foi a última vez que isso aconteceu. Até hoje. A piaba de 3 a 1 para o Novorizontino, em pleno estádio de Itaquera, foi a quarta derrota consecutiva no Estadual.
Pedro Raul mal chegou a já foi titular, mas o gol do Corinthians foi marcado por Yuri Alberto. Até que o Corinthians pressionou do meio do segundo tempo para frente, mas é a mesma falsa impressão gerada na derrota para o São Paulo. Pressiona no fim e até parece que jogou bem, mas nada mais é do que desespero correndo atrás do marcador. As vaias mostram bem o que sente a Fiel, serão dias tensos.
E agora, o que o Corinthians fará com Mano Menezes após mais este vexame diante do torcedor?
Houve outros períodos tenebrosos recentes nestes anos de depressão esportiva do Corinthians. No fim de 2019, passou oito jogos sem vencer. Em outubro de 18, perdeu quatro partidas seguidas entre jogos de Copa do Brasil e Brasileiro. É a primeira vez em cinco anos e meio, portanto, que as quatro derrotas acontecem. Mas a real é que, desde o título brasileiro de 2017, são várias as sequências de muitos jogos sem vencer ou de só uma vitória no meio de cinco, seis, sete jogos. O Corinthians parece que abraçou o mau futebol e não consegue mais se livrar disso.
Classificação e jogos
Entre o rebaixamento de 2007 e o Brasileiro de 2017, o Corinthians viveu um período de estabilidade. Mano-Tite-Mano-Tite, depois Carille, que é discípulo. Construção de estádio, títulos e mais títulos. De lá para cá, 'é um desastre. O grupo que estava no poder perdeu a mão e, agora, o poder.
O Paulistão, outrora um porto seguro para o Corinthians, hoje é o palco de naufrágio de muitos técnicos nos últimos anos: Lázaro, Sylvinho, Mancini...
E agora, o que fazer com Mano Menezes? Mano foi uma espécie de "nome de consenso" mesmo durante a corrida eleitoral do ano passado - só não era consenso entre torcedores. Augusto Melo assumiu a presidência com um discurso forte sobre finanças e orçamentos, mas não foi confrontado sobre Mano. Agora, será.
Em 2014, o Corinthians entendeu que era um período de reconstrução após a brilhante "era Tite" e manteve Mano apesar de seis jogos sem vitórias e eliminação precoce no Paulista. O fato é que Mano conseguiu ajudar o clube e pavimentar o caminho para o retorno triunfal de Tite em 2015. E desta vez? Vai mandar o passado distante e a confiança no treinador para remontar o Corinthians? Ou vai mandar o passado recente, de demissões? A resposta virá nos próximos dias.
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