Julio Gomes

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São Paulo se livra do papelão por milagre

O São Paulo ficou a um minuto de ser eliminado na fase de grupos do Campeonato Paulista. Livrou-se do papelão com um pênalti apontado pelo VAR aos 50min do segundo tempo, venceu o Ituano e acabou entrando. Ao entrar, mantém a condição de favorito ao título, claro. É o grande desafiante do Palmeiras, apesar das boas campanhas de Santos e Bragantino. Afinal, o São Paulo tem sido uma pedra no sapato de Abel Ferreira. Mas precisa melhorar - e muito - para merecer ser chamado de candidato.

O gol de pênalti foi um milagre, em um jogo em que o São Paulo adotou postura covarde no segundo tempo. Jogou com a sorte. Esteve duas vezes à frente no marcador, fez trocas defensivas, não agrediu e cedeu no finalzinho o empate para um time ruim e que acabou rebaixado no Paulistão - a primeira vez neste século que o Ituano jogará a segunda divisão, era o mais longevo dos times do interior.

Acabou se encontrando com um pênalti no apagar das luzes para fazer 3 a 2. O gol de Lucas salvou a pele de Carpini, que ficou bravinho com os corneteiros que estavam atrás do banco de reservas são-paulino.

Se tivesse sido eliminado, o São Paulo teria feito um papelão maior que o do Corinthians, que acabou fora das quartas de final. Maior porque o Corinthians começou o ano reformulando o elenco e era natural que vivesse turbulência. Já o São Paulo começou o ano com o mesmo time, e a troca de treinador não foi exatamente traumática. Carpini começou sua trajetória sendo campeão da Supercopa em cima do Palmeiras e vencendo em Itaquera, tinha jogadores e tranquilidade para trabalhar.

A segunda metade de Paulistão do São Paulo foi simplesmente ridícula. O Novorizontino ganhou de Corinthians e Santos, empatou com o Palmeiras. Se o São Paulo jogar as quartas como vem jogando, apenas terá adiado o inevitável. Para passar e disputar título, vai ter que melhorar.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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