Xavi justifica saída do Barcelona, e PSG, afinal, tem um time
O Barcelona voltou de Paris com uma vitória no bolso. Abriu 1 a 0 contra o PSG, nesta terça, em Montjuic, e, de repente, tudo mudou. Uma falta de Araújo sobre Barcola acabou na expulsão do zagueiro uruguaio-brasileiro do Barça com meia hora de partida. O Paris empatou no primeiro tempo, virou no segundo e se classificou para as semifinais da Champions League pela quarta vez em sua história.
O Paris chega, incrivelmente, sem que Mbappé tenha feito um bom jogo sequer contra o Barcelona. Fez o terceiro gol, de pênalti, o que não é pouco. Depois, num contra ataque meio "casados contra solteiros", meteu o gol que carimbou: 4 a 1. O PSG coletivo de Luis Enrique faz mais do que o PSG estrelado "comandado" por Neymar. Mbappé tem a chance de se reivindicar e levar o time à grande decisão. "Sozinho", pero no mucho.
Mas voltemos à expulsão. A falta de Araújo é clara, mão no ombro, desloca o adversário que invadia a área e partia para dentro do gol. O azar de Araújo foi ter feito a falta fora da área. Era muito melhor levar um gol do que ficar com um a menos naquele momento do jogo.
O que faz Xavi neste momento? Tira do jogo Yamal, a grande válvula de escape para o contra ataque, o jogador do 1 contra 1, a faísca. E o zagueiro que entra no lugar ainda toma um cartão amarelo logo de cara. O que se viu a partir daí foi um show de erros do Barça e um treinador descontrolado na área técnica. Muito nervoso, como sempre, Xavi deu uma bicuda em um objeto com a marca da Champions na lateral do campo e foi expulso. Deixou o time na mão.
Classificação e jogos
O herói da partida não foi Mbappé, mas Dembélé, jogador que passou a vida machucado enquanto jogava no Barcelona, um cara que erra praticamente todas as decisões que toma em campo, mas meteu um gol em cada partida. Dois dos três gols na temporada foram contra o time que apostou nele. A lei do ex com toda a força do mundo.
O Barça segue a sina de clube sem rumo, que tem dado mais tristezas do que alegrias aos torcedores. Xavi anunciou que ia embora para não ser demitido. O time começou a ganhar, muita gente mudou de ideia, mas hoje ficou claro que o "becario", ou "estagiário", como chamam os torcedores que não gostam dele, não é tão bom como técnico como era como jogador. Xavi vai embora mesmo no fim do ano, e o Barça sequer tem ideia do que fazer a partir daqui.
Quem sabe bem o que tem a fazer pela frente é Mbappé. E o adversário, o Borussia Dortmund, não é exatamente um rival assustador. Ainda mais com o segundo jogo marcado para o Parque dos Príncipes. E com um técnico que pelo menos justifica a marra e sabe o que faz. O PSG passou anos sendo um catado. Hoje, é um time.
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