Tite e Flamengo passam por um ridículo histórico
O Flamengo está eliminado da Libertadores? Não. Está em um buraco? Sim. Mas é ganhar do Bolívar, semana que vem, e do Millionarios, no fim do mês, ambos no Maracanã, que a classificação para as oitavas estará garantida. O problema não é passar de fase. É passar tanta vergonha.
O clube mais rico do continente, que se dá ao luxo de ter no banco jogadores que seriam titulares em qualquer equipe, o time com a maior torcida, com técnico de Copa do Mundo, está passando vergonha. O interminável mês de abril se estendeu a maio.
Depois de apanhar contra o Bolívar, agora o Flamengo perdeu do Palestino. Que sequer pôde jogar em seu estádio e precisou viajar 500 km para receber o Flamengo na cidade de Coquimbo. Perdeu e mereceu perder.
O Flamengo teve mais posse de bola, foi melhor que o adversário na segunda metade do primeiro tempo e nos primeiros minutos do segundo. Mas aí saiu o golaço de Cornejo, um sem pulo inacreditável de fora da área depois de um um escanteio e a bola afastada de cabeça por Léo Pereira. Aquele típico gol que só leva time que está de mal com a vida mesmo. A partir daí, Tite mexeu no time, Luiz Araújo acertou uma bola na trave e... nada. Nada vezes nada. Foram 64% de posse de bola, 18 finalizações e, delas, somente 3 ao gol. Um fiasco.
Tite errou nas decisões que tomou de poupar o time e errou ao adotar uma postura defensiva em algumas partidas do começo do mês passado. E agora o Flamengo vive uma clara crise de confiança. Se desarrumou. Não se sabe mais quem é titular e quem não é, como exatamente joga, em quem confiar. Não tem lesão, altitude, arbitragem ou gramado que justifiquem.
O Palestino é um clube minúsculo do Chile. A vergonha flamenguista é maiúscula. Diante das circunstâncias, é um ridículo histórico.
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