Julio Gomes

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Paulinho tem a despedida que Cássio não teve no Corinthians

Paulinho fez um dos gols mais importantes da história do Corinthians. Um dos 5? Um dos 10? Não sei. Deixo para os torcedores fazerem as próprias listas. Mas, gols de título à parte, aquele de Paulinho contra o Vasco, na encardida partida de quartas de final da Libertadores-2012, foi simplesmente gigantesco. Títulos são construções. E uma das construções mais lindas e emocionantes da história corintiana foi aquela. Sem o pilar, não tem teto, não tem casa.

Um pilar. Assim foi Paulinho em seu momento. Hoje, não é mais. E é justo que dê lugar a outro. Infelizmente, a segunda passagem pelo Corinthians foi marcada por lesões, não por gols. Mas pelo menos ele teve uma justa despedida, ao contrário do que aconteceu com Cássio.

Não que a Fiel não quisesse fazer uma homenagem gigantesca ao goleiro mais importante da história do Corinthians, é que simplesmente não teve a oportunidade. Paulinho pôde ter seu jogo de despedida, na vitória de 3 a 0 sobre o Racing uruguaio, pela Copa Sul-Americana. Com a partida decidida, entrou em campo aos 30min do segundo tempo, recebeu a braçadeira de capitão, os aplausos, abraços e tudo o que merecia. Aliás, foi um jogo ótimo para despedida, com gols espetaculares de Garro e Coronado.

O Corinthians, por um caminho tortuoso, cumpriu a obrigação na Sul-Americana. Classificou-se diretamente para as oitavas de final, eliminando um playoff desnecessário. O grupo provou-se complicado, mas isso se deu principalmente pela instabilidade do próprio Corinthians. O time passou semanas no estilo "uma no cravo, outra na ferradura".

Agora, parece mais estável em campo. Sabe melhor a que joga e alguns jogadores, destacadamente Wesley, estão crescendo. Carlos Miguel deu uma segurança que estava faltando. O Corinthians é, inegavelmente, um dos favoritos na Sul-Americana. Parece um caminho mais curto à Libertadores do que o Brasileirão.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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