Julio Gomes

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Suíça dá um banho e deixa evidentes os problemas do futebol da Itália

A atual campeã da Europa dançou. Aquela Itália de 2021, firme na defesa, com jogadores de experiência e hierarquia na frente, não existe mais. Não estão Bonucci, Chiellini, Verratti, Insigne, Immobile... é muita coisa. E a transição ficou exposta com o baile sofrido neste sábado. A Suíça venceu por 2 a 0 e foi pouco.

O Olímpico de Berlim foi o palco do tetra italiano, em 2006. Mas nem a mística do estádio foi suficiente. Depois daquele título, a Itália ainda chegou a uma final de Euro, ganhou o título de 202, só que também ficou fora das últimas duas Copas do Mundo. O fato é que o futebol de outrora não existe mais. Os tempos em que Brasil, Itália, Alemanha e Argentina davam sempre um jeito de ganhar, de chegar. Camisas tão pesadas, jogadores tão habituados a chegar e ganhar que, mesmo nas fases ruins, chegavam e ganhavam. A concorrência era muitíssimo menor.

Suíço não sabia jogar bola. Hoje, sabe. E bem. Até porque as características multiculturais do país geram os dividendos de agora para o futebol. Uma seleção multiétnica, mais forte e que tem tido mais consistência do que, vejam, a própria Itália na última década de futebol. A Suíça já havia tirado a França da última Euro, deu trabalho para o Brasil nas Copas e hoje deu um verdadeiro banho em Berlim.

No primeiro tempo, poderia ter metido uns três gols. Fez um. Começou o segundo tempo fazendo 2 a 0. E depois só controlou. É verdade que duas bolas foram na trave suíça, mas uma porque um zagueiro quase meteu um gol contra bizarro e na outra, provavelmente, seria anotado impedimento do ataque italiano. Ou seja, foi um jogo controlado, sem grandes emoções.

A Itália tem evidenciados seus problemas, que não são só geracionais. O jogo mudou.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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