Fluminense não vence: Onde está o 'milagre' das demissões de técnicos?
O Fluminense é o pior time do Campeonato Brasileiro. Nos pontos e na bola. Nesta quinta, empatou em casa e andou de lado: o Flu ficou no 1 a 1 com o Inter diante de 40 mil pessoas no Maracanã. E ainda viu Corinthians e Vasco ganharem na rodada, se afundando cada vez mais na lanterna.
Desde que mandou embora Fernando Diniz, o Fluminense não ganhou nenhuma - lá se vão três partidas. Onde está o milagre da demissão dos técnicos?
O tempo passa, o tempo voa e muita gente não consegue perceber que a maneira de lidar com o futebol mudou. Foi-se o tempo em que o papel do treinador era mais de incentivador e organizador. Hoje, ele tem de ser chefe de uma equipe grande de trabalho. Tem realmente que ter o domínio de tudo o que está acontecendo dentro e fora de campo. Trocar técnico não é proibido, mas os dirigentes (e torcedores) precisam saber que a troca não é trivial, como no passado. É uma troca que faz com que se perca um tempo importante de trabalho. É muito melhor manter alguém por 2, 3, 4 anos, mesmo que esse alguém não seja o cara ideal.
Ir de Fernando Diniz para Mano Menezes não é só uma troca de estilo de jogo. É uma troca da equipe inteira. Gera uma bagunça. É uma irresponsabilidade, eu diria. Nenhum presidente de empresa séria troca tudo da noite pro dia e várias vezes por ano. O futebol é pouco sério quando fica na mão de quem age com emoção, não com razão.
O presidente do Fluminense usou palavras bonitas e delicadas para dizer que nem ele, nem Diniz nem os jogadores nem ninguém no clube queria a separação, quem queria era a torcida, os blogueiros e os corneteiros de redes sociais. Bem, se é para a torcida "governar" o clube, pode ser resolvido tudo através de enquetes na Internet, não precisa de presidente. O caminho do Fluminense vai ser longo para escapar do buraco em que se meteu. Pode dar certo, porque Mano é um profissional competente. Mas vai precisar de sorte.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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