São Paulo volta do Uruguai com zero chutes a gol, mas o empate que queria
O resumo do jogo é simples: se houvesse um cone no gol do Nacional, o São Paulo não teria feito o gol no Uruguai, no Parque Central. Não teria porque simplesmente não finalizou uma bola sequer à meta adversária com direção correta. Foram apenas duas finalizações são-paulinas em toda a partida, um chute de Luiz Gustavo aos 31min do segundo tempo, que passou longe, e outro de Michel Araújo no minuto final, também para fora. É pouco? É pouco.
Mas o fato é que o São Paulo foi a Montevidéu para buscar isso aí, um empate. O São Paulo respeitou um tricampeão da América e do mundo, como ele, e nunca agrediu o decano uruguaio. Respeitou o time, a camisa, o estádio, o ambiente, o frio e não buscou a vitória, buscou apenas um resultado que fosse suficiente para a partida de volta, no Morumbi, quinta que vem. É possível que o plano dê certo.
O Nacional não tem talento suficiente, tentou a vitória à sua maneira, "empurrando", colocando mais gente dentro da área na reta final da partida. No fim, o Nacional também só finalizou a primeira bola certa no gol aos 25min da etapa derradeira, para uma defesa tranquila de Rafael. Se tivesse de haver um vencedor, seria o Nacional, mas também não dá para falar que mereceu. Só buscou um pouco mais, por jogar em casa.
Se tem algo a ser elogiado no São Paulo, é que nunca permitiu ao Nacional botar fogo no jogo, trazer a torcida para dentro, botar pressão nele e na arbitragem. Também podemos elogiar a compostura são-paulina em campo, sem chiliques, sem perder a cabeça. Agora, o time uruguaio vem ao Brasil fazer o que gosta mais, jogar na defesa e tentar contra atacar. É uma missão difícil.
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