Julio Gomes

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Lesão de Rodri pode arruinar a temporada do Manchester City?

Rodri, o melhor volante do mundo, está fora da temporada. O jogador do Manchester City e da seleção espanhola rompeu o ligamento anterior cruzado do joelho direito e só volta em 2025 - talvez no Super Mundial de Clubes, mas provavelmente só bem depois disso.

O que a lesão significa para o City? Essa é a grande questão. Que fará falta, está claro. É o óbvio. Mas qual o tamanho do desfalque? O quanto a temporada fica comprometida? Em outras palavras: o City corre o risco de não ganhar nada?

Pode parecer um exagero, considerando que estamos falando "apenas" de um volante. Mas o fato é que estamos falando do jogador que dá a sustentação para o meio de campo e todo o time montado por Guardiola. Ele é o cara crucial, a peça-chave. A liga.

Rodri chegou ao City em 2019 e, em cinco temporadas no clube, foi quatro vezes campeão da Inglaterra e marcou o gol decisivo na final da Champions League 2023, contra a Inter de Milão. Dos 21 jogos que disputou sem Rodri em todos esses anos, o City perdeu 7 - ou seja, um terço. Sem Rodri, o City perde um a cada três jogos, enquanto com ele, em quase 200 jogos, perdeu uma a cada dez partidas (10,7%). Entre 2023 e 2024, o time ostentou uma bizarra invencibilidade de 74 jogos quando Rodri estava em campo.

São números e mais números que mostram que, quando Rodri está, o time melhora a qualidade de passes, ataca melhor, chuta mais e faz mais gols. O típico jogador coletivo, intenso, alto, forte, enfim, o perfil ideal para o atleta dos tempos atuais.

Sem Rodri, o City foi capaz de amassar o Arsenal no duelo de domingo, mas só chegou ao empate nos acréscimos, mesmo tendo um homem a mais durante todo o segundo tempo. Kovacic? Stones? É claro que o City tem opções, mas nenhuma do nível do espanhol.

Guardiola já provou ao longo dos tempos ser capaz de se reinventar, seja por necessidade ou por diversão - como ele disse meio sério, meio na brincadeira, ao repórter Renato Senise, da ESPN, antes de a temporada começar. O elenco continua sendo muito forte, ainda que tenha perdido alguma opção do ano passado para este e ainda que De Bruyne esteja mais próximo do fim do que do começo. O City venceu as últimas quatro Premier Leagues, mas três delas por margem muito, muito curta de pontos.

Talvez não ter Rodri seja a vantagem que a concorrência precisava para, afinal, desbancar o City de Guardiola.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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