Palmeiras nunca fez por merecer o título, Botafogo é justo campeão
O Botafogo de Arthur Jorge conseguiu o que só o Flamengo de Jorge Jesus havia conquistado: os dois títulos mais importantes no mesmo ano. É campeão brasileiro pela primeira vez em 29 anos, ampliando o ano histórico uma semana após a conquista da Libertadores.
Gregore, o homem expulso com 1 minuto de jogo em Buenos Aires, fez o gol da vitória sobre o São Paulo, no Nilton Santos. Alguma justiça em um esporte tão injusto, considerando a temporada (quase) impecável de Gregore. Enquanto isso, o Palmeiras perdia para o Fluminense no Allianz por 1 a 0.
Vai saber o que teria acontecido no Rio, caso o Palmeiras tivesse feito a parte dele e jogado a pressão para o outro lado. Mas não fez. Nunca passou nem perto de fazer. Ao longo do campeonato, sempre correu atrás. Quando assumiu a liderança, a perdeu na rodada seguinte, no confronto direto contra o próprio Botafogo. E acabou a temporada vaiado pela própria torcida - vaia que contrastou com o alívio da torcida do Flu, que escapou do rebaixamento.
Foi um ano marcado pelas chances perdidas em campo por todos os atacantes palmeirenses que não se chamam Estevão. Para a próxima temporada, que terá o Super Mundial de Clubes no calendário, será necessário contratar. Com o que tem, o Palmeiras não chegará muito mais longe.
O Botafogo, por outro lado, foi um justíssimo campeão. Montou um time melhor do que o do ano passado, com um grande trabalho da equipe de scout e análise de desempenho. É um elenco formado por caras experientes (mas não velhos), dotados fisicamente e liderados por um técnico escolhido a dedo - e bem escolhido.
Nunca teve a vantagem do ano passado, até porque tinha a Libertadores para jogar paralelamente. Mas sempre esteve à frente no campeonato e, quando precisou enfrentar o Palmeiras, foi lá e ganhou.
Chegou oficialmente a era das SAFs, dos clubes "privados" no Brasil. Quem trabalhar melhor e tiver mais dinheiro, vai levar.
Opinião
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