Julio Gomes

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Real Madrid, como sempre, dá um jeito e vence um dérbi sem sal na Champions

Há pouco a dizer do dérbi madrilenho desta terça, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa. Foi um jogo fraco. Poucas chances de gol, muitos jogadores abaixo, como Mbappé e Vini Jr, e parece que os dois times entraram em campo pensando em não deixar nada de mais grave acontecer. Tem jogo de volta na quarta que vem, afinal.

Neste cenário, de jogo para empate, o Real Madrid fez o dele. Fez o de sempre na Champions: deu um jeito de ganhar. E leva a vantagem do empate para a partida do Metropolitano, no estádio do rival. O Atlético terá de vencer por dois gols para se classificar ou por um gol para gerar prorrogação.

Os gols do Real Madrid foram marcados por Rodrygo e Brahim Díaz, um em cada tempo. O de Rodrygo saiu após um passe indecente de Valverde, que o "raio" recebeu pela direita, trouxe para a esquerda e bateu com precisão. O empate do Atlético veio ainda no primeiro tempo, em uma jogada individual de Julián Álvarez, que passou por Camavinga, trouxe para a área e bateu de perna direita, tirando de Courtois.

No segundo tempo, o Atlético estava melhor e havia tido uma boa chance para a virada, mas aí veio a jogada de Brahim dentro da área. O meia substituiu Bellingham e fez uma grande partida. No lance do gol, dois dribles curtos deixaram Gimenez sentado no chão e precederam o chute cruzado para superar Oblak. Em uma partida em que Mbappé e Vini jogaram mal, sobrou para os outros dois jogadores do ataque decidirem. Com 2 a 1 no placar e Modric em campo, o Real Madrid teve seus melhores minutos. O Atlético não conseguiu reagir e teve atuações fracas de jogadores importantes, como De Paul e o filhinho Simeone.

Em sete partidas até hoje entre eles pela Champions, o Atlético venceu só uma vez e ainda foi uma vitória inútil, que acabou em eliminação. Foram quatro duelos de mata-mata e finais, e nas quatro o Real se deu bem. Para evitar a quinta decepção, todas elas na era Simeone, o Atlético vai ter de jogar com mais coragem do que jogou hoje no Bernabéu.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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