Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Ferramenta irá monitorar carga de trabalho de atleta e orientar calendário
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O futebol ganhará uma importante ferramenta de análise para seu desenvolvimento. A FIFPro (sindicato mundial de jogadores de futebol) assinou na última sexta-feira (19) um contrato de três anos com a companhia KPMG para lançar, a partir de março, uma plataforma que vai monitorar a carga de trabalho dos jogadores de futebol profissionais.
"A iniciativa é excelente e muito bem-vinda em todos os aspectos. Seja por converter fatos em dados técnicos, acessíveis em âmbito mundial, com transparência, precisão e credibilidade, seja por prestigiar a proteção à saúde e longevidade dos atletas, que ativo mais precioso do espetáculo, seja, por fim, por disponibilizar às federações, ligas e profissionais do esporte em geral informações relevantíssimas para o necessário aperfeiçoamento do calendário mundial. Portanto, em todas as pontas a ferramenta servirá a proteger e maximizar o rendimento dos atletas, a qualidade do espetáculo, o interesse de público e as receitas desse produto universal que é o futebol", avalia Victor Targino, advogado especialista em direito desportivo.
Um dos principais objetivos da iniciativa será de ajudar os principais agentes do futebol, como clubes, federações, associações, patrocinadores e parceiros comerciais, nas decisões sobre os calendários nacionais e internacionais, buscando tornar as competições mais sustentáveis e menos desgastantes aos atletas.
Para Fernanda Soares, advogada especializada em direito desportivo e colunista do Lei em Campo, a plataforma será importante principal para o futebol brasileiro.
"É uma ferramenta de suma importância, especialmente no Brasil, onde o calendário das competições é inchado e demanda tanto dos atletas. A qualidade do espetáculo desportivo aumenta quando os atletas conseguem atuar em condições físicas mais propícias. O produto se valoriza, as partidas são melhores. A comunidade desportiva como um todo ganha muito com a com isso", ressaltou.
A plataforma fornecerá informações sobre a minutagem de jogo, as horas de voo acumuladas em viagens internacionais e a duração dos períodos de descanso e recuperação física de cada jogador do futebol masculino e feminino. Todos esses dados poderão ser acessados por torcedores, pesquisadores e profissionais da imprensa.
"Estou convencido de que esta plataforma será um serviço valioso para o futebol profissional, ajudando a facilitar uma estrutura que protege e possibilita o desempenho e a saúde dos jogadores. Quando eles estão em campo no auge de suas habilidades, toda a indústria do futebol se beneficia", declarou Simon Colosimo, secretário-geral da FIFPro.
O desenvolvimento da ferramenta, através de atualizações regulares dos dados, permitirá no futuro a comparação entre atletas e competições diferentes, em temporadas distintas.
A jogadora Elise Kellong-Knight, membro do conselho global da FIFPro, disse que a plataforma servirá para encontrar um "equilíbrio para a indústria do futebol feminino e masculino".
"No caso das mulheres, apenas uma minoria tem uma ótima quantidade de jogos, então ainda estamos raspando o potencial. No caso dos homens, alguns atletas se encontram num moinho de partidas, em que dificilmente descansam", avaliou.
A FIFPro deverá divulgar mais informações sobre a ferramenta nas próximas semanas
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.