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Com violência no Rio, o que pode acontecer com final da Libertadores?

Às vésperas da final da Libertadores, a violência tomou conta do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (2). Diferentes pontos da cidade registraram brigas entre torcedores do Fluminense e Boca Juniors.

Em meio ao clima hostil que tomou conta da cidade, a Conmebol decidiu convocar uma reunião de urgência com dirigentes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), AFA (Associação do Futebol Argentino), Fluminense e Boca Juniors para discutir medidas que busquem conter novos episódios de violência.

Diante do cenário de selvageria instalado na cidade, a realização da partida entre Fluminense e Boca Juniors acabou ficando incerta. Alguns veículos de comunicação chegaram a informar nas últimas horas que a decisão poderia ser suspensa ou até mesmo ser disputada com portões fechados. Para saber o que de fato pode acontecer, com base no regulamento da Conmebol, o Lei em Campo ouviu especialistas.

"Em princípio, acredito que nada vá acontecer. Porque os incidentes não aconteceram no entorno do estádio e porque não há, ao menos ainda, sinais claros de que as forças de segurança do Rio não têm condições de garantir a realização do jogo. Mas, hipoteticamente, a Conmebol poderia (no condicional!) determinar a realização do jogo com portas fechadas, em outra cidade ou em outro país. Também é possível o fechamento parcial do estádio (Maracanã). Essas previsões constam no rol de sanções do código disciplinar da entidade. Mas entendo que nada se aplica nesse caso", avalia o advogado desportivo Jean Nicolau.

Matheus Laupman também entende que dificilmente a decisão da competição será afetada. O advogado ressalta que o regulamento da Conmebol é bastante cauteloso quando se trata de adiamento, interrupção ou suspensão de um jogo.

"Mesmo diante dos ocorridos durante a semana desta final, acredito que a final não será afetada, seja com um possível adiamento ou partida com portões fechados. Isto porque o regulamento da Conmebol é cauteloso quando se trata de adiamento, interrupção, suspensão. Para a entidade tais casos estarão sujeitos quando houver ameaças clara e iminente aos atletas, oficiais e o público no dia da partida. Sendo assim, os ocorridos durante a semana me parecem ser caso envolvendo a segurança pública somente, sem afetar o aspecto desportivo", afirma.

De acordo com o 'UOL Esportes', neste momento, a Conmebol mantém a final da Libertadores com público e portões abertos. Porém, a entidade vai observar os acontecimentos nesta sexta-feira sobre conflitos de torcida. Se houver uma escalada de violência, pode tomar medidas diferentes.

Após os episódios desta quinta-feira, a Conmebol se pronunciou nas redes sociais.

"A CONMEBOL faz um chamado aos torcedores do Boca Juniors e do Fluminense FC a compartilharem juntos momentos de alegria e celebração que o nosso futebol nos proporciona. Os valores do esporte que tanto amamos devem inspirar um comportamento pacífico e harmonioso. Portanto, repudiamos quaisquer atos de violência e racismo que possam ocorrer no contexto desta final", escreveu a entidade.

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Fluminense e Boca Juniors decidem a final da Libertadores neste sábado, às 17h, no Maracanã. O Tricolor das Laranjeiras busca o título inédito da competição, enquanto os argentinos tentam a sétima taça.

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