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Copinha feminina é importante vetor de desenvolvimento do futebol feminino

A Copinha Feminina 2024 entrou em sua reta final. A fase de grupos da competição chegou ao fim na noite desta quinta-feira (5) e, agora, segue para as disputas em jogos únicos das quartas de final, semifinais e final.

As quartas de final acontecem entre os dias 7, 8 e 9 de dezembro, enquanto as semifinais serão nos dias 11 e 12, e a decisão está marcada para o dia 15.

Os jogos da Copinha Feminina 2024 estão sendo disputados em cinco sedes, todas na capital paulista: Canindé, Nicolau Alayon, Rua Javari, Ibrachina Arena e CERET - Grup.. Clubes se prepararam para receber a nova geração do futebol feminino.

"Queremos sempre estar melhorando para que a formação dessas crianças seja da melhor maneira possível e para isso precisamos nos atentar na infraestrutura oferecida para eles. Além disso, para fomentar o esporte como todo, temos uma localização privilegiada para que todos possam acompanhar de perto esta edição da copinha. Estamos orgulhosos de apresentar um novo gramado com uma nova parceria que com certeza irá dar bons resultados", diz Henrique Law, presidente do Ibrachina FC.

Promovida pela Federação Paulista de Futebol (FPF), a 2ª edição da Copinha Feminina conta com a participação de 20 equipes de dez estados brasileiros. Em 2023, ano de estreia da competição, o número de participantes era de 16. Ou seja, apesar de tímido, já é possível notar um crescimento no torneio.

A Copa São Paulo de Futebol Júnior, que já é uma tradição na base do futebol masculino, também passou a ser uma vitrine para novos talentos na modalidade feminina, impulsionando o desenvolvimento da categoria no país.

"A Copinha Feminina é um marco fundamental para o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. O torneio não só promove visibilidade e oportunidades para jovens talentos, como também fortalece a base da modalidade, criando um ambiente competitivo essencial para a formação de futuras gerações de atletas. É um passo decisivo na consolidação do futebol feminino no país, fomentando igualdade e inspirando jovens meninas a sonharem com uma carreira no esporte, partindo de um ambiente cada vez mais profissional e sólido", afirma a advogada Ana Mizutori, especialista em direito desportivo.

A advogada Luiza Castilho, também especialista em direito desportivo, enxerga a competição como "um resultado direto desse esforço coletivo para que o futebol feminino evolua e mostre sua enorme capacidade de prosperar".

"Assim como acontece há décadas no masculino, é uma competição que tem um papel essencial como uma espécie de vitrine para novos talentos na categoria feminina, consolidando esse espaço que já era tão necessário. Quando as discussões sobre o crescimento do futebol feminino começaram a ganhar força no Brasil, enfrentávamos o desafio de uma 'pirâmide invertida': enquanto no masculino tínhamos uma base ampla e um topo restrito, no feminino havia o oposto. Isso era reflexo direto da falta de investimento, do preconceito e do desinteresse histórico pela categoria, que dificultaram o acesso e o desenvolvimento das meninas na base", avalia.

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"Com o aumento do interesse e as obrigações impostas pelas entidades de administração, conseguimos preencher um dos pilares essenciais para o crescimento do futebol feminino, que é ter modelos de referência no topo. Hoje, temos mulheres inspiradoras, internacional e nacionalmente, e isso é indispensável para que meninas se identifiquem e sonhem em seguir essa carreira. Só que, para que essas meninas tenham a possibilidade de transformar esse sonho em realidade, é imprescindível que o investimento seja contínuo. E esse investimento não é apenas financeiro, mas também de tempo, capacitação e dedicação, para que projetos como a Copinha Feminina saiam do papel e se consolidem", acrescenta.

Recorde de público reforça crescimento da modalidade

O crescimento do futebol feminino no país é reafirmado ao analisarmos alguns números. Neste ano, o Corinthians renovou o recorde de público (entre clubes) em uma partida oficial da modalidade, ao levar quase 45 mil torcedores para a Neo Química Arena na decisão do Brasileiro, no clássico contra o São Paulo.

O número superou o recorde anterior do próprio Timão, registrado na final da competição nacional do ano passado, diante da Ferroviária, que contou com 42.566 torcedores.

No Brasil, o recorde geral - considerando clubes e seleções - é da semifinal entre a Seleção Brasileira e a Suécia nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, quando 70.454 torcedores estiveram presentes no Maracanã.

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