Abel mostra que palmeirenses corneteiros reclamam de barriga cheia

Acompanhar as redes sociais e antissociais dos palmeirenses e a chamada mídia palestrina é um ótimo exercício para entender o fanatismo dos torcedores e os jornalistas que não escondem a paixão pelo clube alviverde e trabalham em uma cobertura parcial.

Todos os dias, nesse ambiente, há uma cobrança exacerbada que mais parece que o elenco comandado por Abel Ferreira não está invicto na temporada e deu passo importante para encarar a quarta final consecutiva de Campeonato Paulista.

Só que, na prática, os corneteiros não podem reclamar, tanto que é difícil imaginar que esse elenco precise, como eles pedem, de reforços com urgência.

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Ao longo deste início de temporada, Abel Ferreira reclamou e pediu jogadores para repor as saídas de Danilo e Gustavo Scarpa, mas, aos poucos, deixou de lado as cobranças e foi encontrar soluções dentro do elenco.

Por isso, Zé Rafael, que chegou em 2019 para brigar como um típico camisa 10, recuou tanto e agora joga como primeiro volante.

E o que falar de Gabriel Menino, que quase se mudou para o Vasco da Gama no início deste ano, mas ficou e se tornou artilheiro e garçom, como no passe para o gol de cabeça de Rony, que deu a vitória sobre o São Bernardo, por 1 a 0, e a classificação para a décima semifinal seguida do Campeonato Paulista, um recorde?

Neste sábado, eu não esperava nenhuma surpresa na escalação, mas aí Abel Ferreira surpreendeu e deixou no banco de reservas o garoto Endrick e escalou o meia-atacante Bruno Tabata, que correspondeu e fez a sua melhor partida desde agosto do ano passado, quando chegou ao clube. Está aí o cara que chegou para suprir a já esperada saída de Gustavo Scarpa e agora demonstrou que, enfim, pode ser o dono da posição.

Enquanto a diretoria prioriza a contratação de um volante para o lugar de Danilo, Fabinho, garoto formado da base, entrou no lugar de Gabriel Menino e demonstrou que não é preciso ir no mercado e trazer um jogador mais experiente.

Entretanto, como nem tudo são só elogios, a torcida palmeirense está apreensiva com o rendimento abaixo da média de um dos maiores astros da equipe, o atacante Dudu, o jogador que chegou ao clube em 2015 e simboliza a retomada do Verdão como bicho-papão de títulos.

Para o caso de Dudu, Abel Ferreira usa o que é a essência da sua gestão de grupo.

Se um jogador não está no seu melhor momento, sempre vai ter alguém que vai compensar o seu rendimento e se doar pelo grupo. É o famoso "todos somos um", ou "todos somos 11", na versão mais atualizada.

É óbvio que o plano é ser campeão paulista, afinal o Palmeiras tem o elenco mais bem preparado, é dono da melhor campanha e ainda não perdeu nesta temporada.

Porém, Abel Ferreira mandou um recado aos palmeirenses: "estamos cada vez mais perto de perder, o que é natural para cada equipe".

Resta saber quando isso vai acontecer.

Façam as suas apostas!