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Luís Rosa

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Uma pena não sair ao menos um gol em um Fla-Flu eletrizante

Nino (à esq.) e Gerson disputam a bola no clássico Fluminense e Flamengo duelo das oitavas da Copa do Brasil - Jorge Rodrigues/AGIF
Nino (à esq.) e Gerson disputam a bola no clássico Fluminense e Flamengo duelo das oitavas da Copa do Brasil Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

16/05/2023 23h05

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Em um clássico eletrizante, digno das tradições de Flamengo e Fluminense, não poderia terminar dessa maneira, mas aconteceu de acabar sem gols.

Agora, os dois times vão decidir a vaga às quartas de final da Copa do Brasil, novamente no estádio do Maracanã, no próximo dia 1º de junho.

Errei feio. Esperava que o Flamengo, povoado com quatro homens no meio-campo teria dificuldades em ter o controle da posse de bola e pressionar o Fluminense. Ledo engano, o Rubro-Negro, como ensina a gíria do futebol brasileiro, "amassou" o adversário em boa parte do primeiro tempo.

Como manda aqueles caprichos do futebol, o Flá só não abriu a vantagem na primeira etapa pela infelicidade nas finalizações, principalmente nos arremates na trave de Gabigol, Gérson e Arrascaeta.

Atônitos, os tricolores fizeram várias reuniões para tentar consertar o posicionamento, mas só tiveram alguns lampejos de futebol ofensivo, isso em função de que foi impossível manter o ritmo alucinante durante todo o tempo.

O intervalo, que deveria servir para o técnico Fernando Diniz consertar a sua equipe, ruiu com a expulsão do veterano Felipe Melo, que atropelou Gabigol em um contragolpe acionado magistralmente pelo uruguaio De Arrrescaeta.

Na infração, aos 4 min, o juiz Anderson Daronco deu cartão amarelo, mas após analisar o lance a pedido dos juízes do VAR, o gaúcho mudou de ideia e trocou o amarelo pelo vermelho.

Esperava-se uma pressão ainda maior dos flamenguistas, mas, com um homem a menos, e duas linhas de marcação à frente da área, o Fluminense sofreu pouco e ainda ameaçou nos contragolpes.

No lance mais perigoso, após o cabeceio de Ayrton Lucas, no passe de Arrascaeta, o goleiro Fábio fez a sua defesa mais difícil na partida.

Ao tentar mudar o ritmo com as trocas, o técnico João Sampaoli viu a sua equipe ter muitas dificuldades para penetrar na área do adversário.

O mérito do Fluminense foi saber sofrer na defesa e mostrar que sabe marcar e não deixar o adversário tomar conta das ações.