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Em dois meses, Artur deixa dúvidas para trás e vira investimento certeiro
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Desde que Artur começou a sua terceira passagem pelo Palmeiras, no dia 5 de abril, na partida em que a equipe, recheada de reservas, perdeu por 3 a 1 do Bolívar, em La Paz, na estreia da Copa Libertadores, o atacante vem demonstrando jogo após jogo o quanto valeu a pena a diretoria trazer de volta, por um alto valor, um jogador que foi formado no clube.
Em 14 jogos disputados, nove pelo Campeonato Brasileiro e cinco válidos pela Libertadores, Artur anotou sete gols. Foram quatro no torneio nacional e três na competição sul-americana.
Para se ter uma ideia, nenhum dos jogadores marcou tantos gols nesses dois meses. O feito é ainda mais importante, já que Artur, por ter disputado o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil pelo Red Bull Bragantino, não pôde participar de cinco jogos: a final contra o Água Santa, dois contra o Tombense e dois diante do Fortaleza.
Neste período com Artur no elenco, os companheiros que mais se aproximaram em gols marcados foram Raphael Veiga (6), Endrick e Gustavo Gómez (4) e, empatados com três tentos, Gabriel Menino, Flaco López, Rafael Navarro e Rony.
Com o gol diante do Barcelona-EQU, Artur assumiu a terceira posição entre os artilheiros do elenco na temporada. Ele só está atrás de Raphael Veiga e Rony, respectivamente, primeiro e segundo, 11 e 9 gols.
Na avaliação da comissão técnica, Artur iria se encaixar muito bem à formação do quarteto ofensivo com Raphael Veiga, Dudu e Rony, mas, como surpresa positiva, o jogador entendeu mais rápido do que o esperado o espírito competitivo e o desempenho das funções táticas.
Sem a bola, Artur tem se destacado por ajudar a bloquear o setor direito da defesa, sempre dando o combate às subidas dos laterais canhotos adversários. Com a bola, ele é um dos aceleradores de jogadas. Com a sua velocidade, é um dos responsáveis por puxar os contragolpes.
Até nas bolas alçadas para a área Artur virou arma ofensiva. Apesar do seu 1,68 m, o camisa 14 tem aproveitado o descuido dos marcadores. Dos seus sete gols, quatro gols foram de cabeça.
Se continuar com esse desempenho, Artur pode superar a sua melhor marca de gols marcados. Em 2021, na sua segunda temporada pelo Bragantino, ele anotou 21 gols em 58 partidas. Antes dessa, o caminho é mais fácil. Em 2019, o atacante fez dez gols em 55 jogos pelo Bahia e repetiu o mesmo número em 2022, mas em 49 apresentações pelo Bragantino.
Investimento compensado
Recontratar Artur foi, na avaliação da diretoria, um risco calculado. Afinal, ela foi muito criticada por investir oito milhões de euros (R$ 45 milhões) depois de ter negociado, em dezembro de 2019, o jogador por seis milhões de euros (cerca de R$ 27 milhões na cotação da época).
O que muitos não enxergaram é que Artur, criado no Palmeiras e que não conseguiu se firmar, principalmente por causa de contusões, foi ganhando experiência ao ser emprestado, primeiro para Novorizontino e Londrina, e no segundo foi jogador do Bahia, onde se destacou em 2019 e acabou sendo negociado em definitivo.
Ao se mudar para Bragança Paulista, o atacante, então com 21 anos, saiu como uma promessa e retornou, aos 25 anos, como um jogador pronto, que conhece muito bem o clube e a torcida e conta com o aval do técnico Abel Ferreira, que aprecia seu futebol desde a primeira vez que o enfrentou, em 2020, pela Copa do Brasil.
Com a necessidade de trazer um jogador para suprir a saída de Gustavo Scarpa, a diretoria nunca pensou em apostar em um jogador da base ou buscar um atleta que, mesmo com bagagem, precisaria de tempo para se adaptar ao elenco.
Agora, dois meses após a sua volta, o combo Artur é visto como certeiro, pois diminuíram bastante a pressão dos torcedores "corneteiros" e, para o time, o quarteto ofensivo ganhou um alto poder de fogo e solidez na ajuda na proteção defensiva.
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