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Luís Rosa

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Botafogo enterra de vez as dúvidas de que é favorito ao título

Tiquinho Soares, do Botafogo, comemora gol contra o Palmeiras pelo Brasileirão - Ettore Chiereguini/AGIF
Tiquinho Soares, do Botafogo, comemora gol contra o Palmeiras pelo Brasileirão Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

25/06/2023 18h01Atualizada em 25/06/2023 18h16

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Eu avisei que era preciso sair de cima do muro e reconhecer que o Botafogo é o favorito ao título do Campeonato Brasileiro. A prova final veio com a vitória, por 1 a 0, sobre o Palmeiras, em pleno Allianz Parque, palco onde o adversário não perdia desde julho do ano passado, ou 31 partidas de invencibilidade.

Para entender por que o Botafogo não é mais surpresa basta analisar a campanha em 12 rodadas, a melhor da história na era dos pontos corridos. Com dez vitórias e duas derrotas, o clube carioca subiu para 30 pontos e aumentou a gordura para o segundo colocado, agora o Grêmio, que goleou o Coritiba, por 5 a 1, e soma 23 pontos.

Nessa campanha, o Botafogo, além do Palmeiras, já despachou Atlético-MG, Flamengo e Fluminense, que eram apontados como favoritos antes de a bola rolar.

Não venham dizer que o Botafogo ganhou mais por sorte, afinal o árbitro de vídeo anulou o gol de Gustavo Gómez, que daria o empate no primeiro tempo, e Raphael Veiga, que falhou a penalidade no segundo tempo. Entretanto, como manda no futebol, a sorte também ajuda os times que estão em busca do título.

A verdade é que o português Luís Castro deu um nó tático no seu conterrâneo Abel Ferreira. O seu time foi montado para aproveitar o erro do Palmeiras, que veio na bola que sobrou no atacante Tiquinho Soares, que marcou o seu décimo gol e abriu vantagem na artilharia.

Além do artilheiro do torneio, a defesa botafoguense é a melhor do torneio, com sete gols sofridos. Um dos ensinamentos do futebol é que ter a defesa menos vazada é caminho para alcançar a consagração.

O Botafogo deixou o Palmeiras com a bola, mas a equipe da casa foi pobre nas articulações e viveu de bolas alçadas para a área, tanto que os dois lances que poderiam terminar em gols surgiram após bolas cruzadas, no cabeceio de Gustavo Gómez e depois no pênalti sofrido por Flaco López.

Fosse mais caprichoso, o Botafogo, que foi melhor no segundo tempo, poderia ter feito um placar maior nas jogadas de contragolpes.

Atual campeão e a oito pontos atrás do Botafogo, o Palmeiras, que não perdia para o Botafogo desde 2008 e nunca havia caído diante do rival no Allianz Parque, agora vai se dedicar a Libertadores, torneio que busca a primeira colocação geral, na próxima quinta-feira, contra o Bolívar-BOL, em casa, pela última rodada da fase de grupos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL