Luís Rosa

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Ary Borges é o presente e o futuro da Seleção Brasileira Feminina

A maranhense Ariadina Alves Borges, 23 anos, que construiu a sua trajetória no futebol feminino como Ary Borges, entra para a história da Copa do Mundo Feminina com uma estreia que a coloca no caminho para ser a grande referência para a Seleção Brasileira.

Em sua estreia em uma Copa do Mundo, Ary Borges foi disparada a melhor em campo. Afinal, foram três gols, dois de cabeça, e a bela assistência para o gol da meia Bia Zaneratto.

Com direito a choro, sorrisos e mostrar os três dedos, respectivamente, em cada uma das comemorações, A jogadora entra para a história também como sendo a primeira estreante do Brasil a marcar três gols.

"É muita emoção lembrar de tudo que passei até chegar aqui, mas nem nos meus melhores sonhos [imaginava os três gols]. Foi um dia muito especial. Fiquei feliz, ansiosa, chorei. Pensei no que poderia fazer na partida, mas nunca imaginei que poderia ser da forma que foi", disse Ary Borges, após a partida, em entrevista à TV Globo.

Fora em jogos de estreia, Pretinha, Sissi e Cristiane foram as outras jogadores brasileiras que marcaram três gols em uma partida de Copa do Mundo.

Foi dessa forma que o Brasil goleou, por 4 a 0, o Panamá, país estreante no torneio. A vitória era esperada e a facilidade para a construção do resultado também. Líder do Grupo F com três pontos, o Brasil encara a França, que empatou com a Jamaica, no próximo sábado, no jogo que pode decidir a primeira colocação da chave.

A substituição de Ary Borges no segundo tempo mostra como ela é o presente e o futuro da seleção brasileira. Ela saiu para a entrada de Marta, 36 anos, que está em sua sexta Copa do Mundo, é a referência do elenco, mas não tem mais condições de ser titular da equipe.

A reverência a Marta é tamanha, que depois do choro na comemoração do primeiro gol, Ary Borges e as companheiros dançaram uma coreografia especial em homenagem à veterana, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa.

Sacrifício recompensado

O esforço dos seus pais, que a deixaram em São Luís do Maranhão para ser criada pela avó para tentar mudar de vida em São Paulo, começou a dar resultado aos dez anos, quando eles a trouxeram para morar na capital paulista.

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Ary Borges foi incentivada a jogar futebol no Maranhã, mas começou a ganhar destaque no Centro Olímpico do Ibirapuera, depois passou por Sport, São Paulo e Palmeiras, onde conquistou o maior título da sua carreira, a Copa Libertadores Feminina, sendo uma das destaques ao lado da parceria Bia Zaneratto.

No final do ano passado, Ary Borges se mudou para os Estados Unidos. Chegou como estrela ao Racing Louisville.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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