Luís Rosa

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França tem time melhor, mas Brasil jogou abaixo do potencial

A seleção francesa deu um choque de realidade para as brasileiras ao manter o tabu de nunca ter perdido para a rival. Ao vencer, por 2 a 1, as europeias apagam a má impressão da estreia, quando empataram, sem gols, com a Jamaica.

Por outro lado, o Brasil, principalmente no primeiro tempo, jogou abaixo do esperado e agora corre o risco de ou ser eliminado nesta primeira fase ou de brigar apenas pela segunda colocação.

Para evitar esse tropeço, na última rodada pelo Grupo F, as brasileiras, que somam três pontos, precisam vencer a Jamaica, na próxima quarta-feira, na Austrália. A rival joga pelo empate.

Como era esperado, no último jogo deste sábado, a Jamaica fez o suficiente e derrotou o Panamá, por 1 a 0 e empatou com a França, com quatro pontos ganhos. No critério de desempate gols marcados (2 a 1), as francesas estão na liderança.

A França encara o Panamá, que é seleção que oferece menos perigo neste grupo e perdeu as duas partidas nesta sua primeira participação em uma Copa do Mundo.

Pelo histórico dos confrontos, o triunfo da França não foi uma surpresa. Esta foi a quinta vitória seguida. No total, são sete triunfos das francesas e cinco empates.

Com forte marcação e pressão desde a saída de bola da defesa brasileira, a França dominou as ações no primeiro tempo e foi justo sair com 1 a 0 no gol da artilheira Le Sommer, aos 17 minutos.

Sem espaços para trocar passes, dando a bola de presente em muitos lances, o Brasil até conseguiu uma ótima chance para empatar, mas Adriana falhou no arremate no centro da grande área.

Na etapa final, as brasileiras tiraram as francesas da zona de conforto e foram para cima. Mais concentradas, marcando melhor e com aumento na precisão dos passes, elas conseguiram ficar mais tempo no ataque e logo empataram com a centroavante Debinha, aos 13 minutos.

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A torcida brasileira, maioria no estádio em Brisbaine, empurrou a equipe que seguiu em cima das francesas, que não conseguiram manter o ritmo intenso da primeira etapa. Com mais chances para o segundo gol a virada só não aconteceu por tomada de decisões erradas, principalmente nos contragolpes.

Com jogadoras mais experientes em confrontos grandes, a França aproveitou um descuido infantil da marcação defensiva do Brasil. No escanteio cobrado do lado direito do ataque, era esperado que a bola fosse para a zagueira Renard, de 1,87 m. Se já era difícil marcá-la, imagina deixá-la solta. Assim, ela, aos 38 minutos fez o segundo gol, que decretou a vitória.

O que a França fez na jogada aérea de bola parada, o Brasil não conseguiu na última jogada da partida, aos 54 minutos. Após a cobrança de falta de Andressa Alves pela direita, Mônica não soube aproveitar o rebote e as as brasileiras perderam a chance de estragar a festa da adversária.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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