Luís Rosa

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Opinião

Reverência a Rodrigo Nestor, decisivo em um título mais do que cantado

Torcedor é um bicho que, em muitas vezes, comete injustiças incríveis. No caso dos são-paulinos, jamais entendi e aceitei o que muito que fizeram contra uma cria da base, que muito carregou as dores de um clube que mergulhou em crises e mais crises, mas ele nunca fugiu da responsabilidade, em campo e fora das quatro linhas.

Torcedor de arquibancadas e jogador do clube que tanto o ama, Rodrigo Nestor é o cara que decidiu esta final, isso na minha modesta opinião. Foi dele o cruzamento que Callleri marcou o gol da vitória, por 1 a 0, no estádio do Maracanã.

Assim, também foi do garoto o gol que tirou o Tricolor do sufoco e empatou em 1 a 1 no final do primeiro tempo, poucos minutos após o Flamengo, que foi melhor na etapa inicial, abrir o placar com o atacante Bruno Henrique.

Louva-se no segundo tempo, o ressurgimento, mesmo com dificuldades, um time que jogou com lampejos de Flamengo, que não deixou se levar pelo momento conturbado e encurralou o São Paulo. Faltou caprichar nas poucas finalizações, e, por azar do destino, Gérson, seu melhor jogador, não suportou a intensidade da partida e teve que sair.

Além disso, destaca-se a segurança defensiva do São Paulo, que teve no goleiro Rafael a muralha nos momentos de pressão e na defesa decisiva, no chute do lateral esquerdo Ayrton Lucas, no último lance de perigo.

Escrevi na última coluna que só o São Paulo poderia tirar o título da Copa do Brasil do São Paulo. Em alguns momentos parecia que seria assim, afinal o time sentiu a pressão da vantagem e não teve a concentração de outros jogos, mas a torcida entendeu os momentos difíceis e jogou com o time.

Sabor especial

São tantos personagens que valeria uma coluna somente para destacar a importância e os méritos do técnico Dorival Júnior, que, após conquistar a Copa do Brasil e a Copa Libertadores pelo Flamengo, no ano passado, foi demitido, sem a meu ver, ter uma justificativa plausível.

Dorival Júnior pegou um elenco desacreditado e que estava com poucas perspectivas na gestão de Rogério Ceni. No que chamamos de fazer o "arroz com feijão", Dorival Júnior fez os jogadores acreditarem que um título viria ainda nesta temporada.

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Assim, desde que passou pelo Palmeiras, eu disse na minha coluna neste UOL Esporte e nos programas da casa que seria muito difícil o São Paulo deixar escapar a chance de conquistar o único título importante que faltava na sua história vitoriosa.

Só a lamentar que colegas de profissão, que não respeitam os menos badalados colunistas, jogarem contra e propagarem que eu usava o meu nobre espaço como caçador de clíques.

Do torcedores de redes sociais e antissociais eu entendo, vivem em uma bolha, são passionais e dificilmente aceitam o contraditório. Felizmente, aceitei e aceito numa boa as críticas, afinal poucos me desrespeitaram.

Enfim, Parabéns, São Paulo!

E vamos nos divertir, afinal o futebol é das coisas mais importantes das menos importantes da vida.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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