Luís Rosa

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Opinião

Brasil de Neymar e companhia é um tédio, prefiro ver a Venezuela

O paupérrimo momento da seleção brasileira pode ser resumido nos dois lances dos gols da vitória do Uruguai, por 2 a 0, em Montevidéu.

Aos 42min, na única finalização certa da etapa inicial, Darwin Nuñez abriu o marcador. Na etapa final, o centroavante deu a assistência para o gol de De La Cruz, aos 32min.

Para os brasileiros, além dos gols, teve o drama do astro desta geração. Aos 44min da primeira etapa, Neymar tentou uma arrancada para o ataque, mas em um movimento brusco torceu o joelho esquerdo, desabou e, desesperado, caiu no choro.

Ao longo dos meus 27 anos como jornalista esportivo, infelizmente, vi de perto muitas cenas como as de Neymar. Certa vez, em um treino do Palmeiras, o médico Rubens Sampaio me deu uma aula grátis sobre as lesões de joelho que levam um atleta para a mesa de cirurgia.

Para quem acompanhou pela TV a torção de Neymar e como ele foi carregado para o vestiário, é pouco provável que o camisa 10 não entre na lista dos jogadores que ficam afastados dos gramados por, no mínimo, oito meses.

Na etapa final, até que o Brasil teve um lampejo de lucidez, mas só carimbou o travessão em uma falta de Rodrygo.

Quando apertou, o Uruguai expôs o quanto o Brasil anda frágil em todos os setores. Em uma disputa de bola na área, Darwin Nuñez ganhou de Gabriel Magalhães e Casemiro, e, quase caído, deu o passe para De La Cruz marcar o segundo.

Com essa derrota, o Brasil encerra a invencibilidade de 37 jogos em duelos válidos pelas Eliminatórias Sul-Americana. A última derrota (2 a 0) havia sido para o Chile, em 2015, em Santiago.

Venezuela encanta

Fiquem tranquilos, o Brasil estará na Copa do Mundo de 2026. Não há o que temer.

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Por isso, vamos ficar de olho na melhor geração de todos os tempos da Venezuela.

Em atuação de encher os olhos, com atuação brilhante do santista Soteldo, os venezuelanos atropelaram os chilenos. O camisa 10 abriu o marcador e deu os passes para os gols de Salomon Rondón e Darwin Machis.

Com quatro rodadas, já dá para considerar a seleção vinotinto como uma das fortes candidatas a uma das seis vagas ao Mundial que será disputado nos Estados Unidos, Canadá e México.

Isso mostra que não foi um resultado inesperado o empate por 1 a 1 em Cuiabá.

Com sete pontos, empatada com Uruguai e Brasil, a Venezuela termina a quarta rodada em quarto lugar. Pelo critério de desempate gols marcados, os uruguaios estão em segundo, com o Brasil na terceira posição.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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